PCP Madeira realiza V Congresso


Com a presença do Secretário-geral do PCP, Carlos Carvalhas, de Luís Sá, membro da Comissão Política, e de Rosa Rabiais, do Secretariado do CC, decorreu, no passado fim de semana, no Funchal, o V Congresso Regional do PCP/Madeira, sob o lema Mais força às populações.

Região insular atlântica, integrada no espaço europeu, o PCP/Madeira convidou para o V Congresso os seus «congéneres» dos Açores e Canárias, que se fizeram representar respectivamente por Decq Mota e Segundo Martinez, dando dimensão mais ampla a uma realização que, «antes de ser dos comunistas madeirenses, é de todos os que lutam por uma sociedadee mais justa e fraterna.»
Durante os dois dias de Congresso, os comunistas reflectiram sobre algumas ideias que há muito vinham amadurecendo: rejuvenescer e renovar o Partido, intensificar a sua intervenção e luta, tendo desfilado pela tribuna do Congresso muitos militantes que deram conta das actividades levadas a cabo nas várias frentes de trabalho e de luta, junto das populações e dos trabalhadores.
Com uma boa participação de delegados e convidados, este congresso foi animado pelos resultados conseguidos pelo Partido, através de uma intervenção que aposta na renovação para um trabalho mais eficaz.
No espaço que separou o IV do V Congresso - cerca de dois anos e meio - o PCP viu o seu prestígio aumentado e reconhecido na Região, obteve óptimos resultados eleitorais, liderou e apoiou inúmeros movimentos de luta - alguns dos quais ainda activos -, melhorou a organização interna e descentralizou a sua intervenção com a abertura de dois novos centros de trabalho.
Ao mesmo tempo, o PCP defendeu, ao lado das populações, várias reivindicações - incluindo as que o Governo Regional decidiu não considerar prioritárias por serem «apadrinhadas» pelos comunistas -, contestando sistematicamente o «comportamento de exploradores de colonos», assumido pelos governo e pelos autarcas «laranja».
O V Congresso sublinhou a evolução verificada na maneira de pensar e agir das populações - «lenta mas firme e irreversível» -, para a qual os comunistas muito contribuíram.
Por fim, a assembleia magna dos comunistas da Madeira, elegeu por unanimidade Edgar Silva como Coordenador Regional, alargou de 15 para 23 o número de elementos da Direcção da Organização Regional, extinguiu o Conselho Regional e criou o Encontro Regional de Quadros, um órgão mais amplo que reunirá pelo menos duas vezes por ano para discutir e deliberar sobre as orientações do Partido para a Região.


«Avante!» Nº 1297 - 8.Outubro.1998