Sectores
em luta
vêm hoje a Lisboa
Trabalhadores da Portugal Telecom, da Manutenção Militar e Guardas e Vigilantes da Natureza têm acções marcadas para hoje, dia 8, na capital
No Pavilhão dos
Desportos concentram-se hoje, a partir das 14 horas,
trabalhadores da Portugal Telecom vindos de todo o país para
exigir o desbloqueamento das negociações salariais e do
projecto de carreiras.
O plenário conta com a participação de todos os sindicatos da
PT, que convergiram na Frente Comum Sindical, e surge na
sequência dos plenários realizados no porto e em Lisboa.
A Comissão de Trabalhadores salienta que o Ministro João
Cravinho reconhece o direito dos trabalhadores de exigirem a
harmonização do regime e das condições de trabalho, afirmando
mesmo que a PT não pode protelar indefinidamente a aplicação
de um decreto lei aprovado há quatro anos. Por seu lado, o
presidente do Conselho de Administração da PT reconheceu que as
dificuldades de ainda não haver acordo não se prendem com
dificuldades económicas; enquanto os representantes da empresa
na mesa de negociações não se cansam de afirmar que já se
esgotaram os valores dispóníveis para gastar com a conta 64, ou
seja os custos de pessoal.
Face as estas afirmações contraditórias, a Comissão de
Trabalhadores acusa a PT de esbanjar meios, referindo o
«esbanjamento» de 140 milhões no Brasil e as sucessivas
reestruturações, e nota que «só não há dinheiro para criar
melhores condições de vida e de trabalho a quem produz
riqueza».
Deste modo, para a CT a luta pela defesa do acordo de empresa
não pode ser dissociada de outras questões como por exemplo «a
destruição sistematizada de postos de trabalho, o encerramento
de serviços, a mudança constante de local de trabalho e a
degradação das condições de trabalho e a passagem de
serviços para a esfera de empreitadas de ex-funcionários (outsourcing).
Guardas
da natureza
Com uma greve de 24
horas anunciada para hoje, quinta-feira, os guardas e vigilantes
da natureza concrentram-se à porta do Ministério do Ambiente
para exigirem a aprovação do seu novo regime de trabalho,
negociado em finais de Julho com Federação Nacional dos
Sindicatos da Função Pública.
Apesar de acordado, o novo regime aguarda publicação há dois
meses e segundo informações do Ministério do Ambiente, algusn
secretários de Estado, nomeadamente da Administração Pública
e do Orçamento, suscitaram dúvidas quanto ao seu teor, o que
tem impedido a sua aprovação.
Para a FP o atraso registado não tem justificação porquanto
nas negociações, que se arrastaram por mais de dois anos,
participaram representantes de ambos os secretários de Estado.
Para a federação sindical, os responsáveis no Governo pela
Administração Pública tentam impor as suas propostas que não
venceram na mesa das negociações, violando as disposições da
Lei da Negociação do sector.
Manutenção Militar
Desde 1989 que os
trabalhadores dos EFFA'S aguarda pela revisão do seu sistema
retributivo, à semelhança do que aconteceu cok todos os outros
servidores do Esatdo, civis e militares. De promessa em promessa,
refere a Comissão de Trabalhadores da manuetenção Militar,
«continua sem ser consagrado em Lei o estatuto da função
pública».
Manifestando diposição de luta, a Comissão de Trabalhadores
promove hoje uma conferência de imprensa junto aos portões da
Manutenção Militar, para denunciar as medidas preconizadas pelo
Governo, aproveitando as comemorações nesse local do dia da
Logística do Exército.