Acresce a necessidade de «mais e mais rápidos apoios técnicos e financeiros, regionalizados», para garantir melhores rendimentos, à semelhança de países em que já está feita a regionalização. Como é o caso dos subsídios aos agricultores espanhóis e franceses, para recolha de leite nas regiões do interior ou para ajuda ao escoamento de produtos em alturas de crise.
De entre as outras razões para o SIM, invocadas pelos Jovens Agricultores, contam-se uma maior produção agrícola e menos papéis, escolher as caras dos mais próximos representantes, ter mais perto um conjunto operativo de serviços públicos à lavoura.
Em causa estão, igualmente. questões como uma mais justa aplicação dos dinheiros públicos e da União Europeia nos investimentos locais e regionais e a garantia de ajudas e outros apoios regionalizados, «para garantir que as nossas principais produções regionais, o leite e a carne, o vinho, o azeite, etc., não desapareçam da nossa região e passe quase tudo para umas, poucas, zonas de produção intensiva e para a mão de meia-dúzia de grandes industriais do sector». A que se soma a necessidade de controlar a invasão pelas importações de produtos estrangeiros.
Fazer ouvir a sua voz junto de quem passa a ter poder de decidir em cada Região, é mais uma das razões que a AJAP invoca, «tendo nomeadamente em vista projectos de desenvolvimento local e regional que sirvam a agricultura familiar em cada região».
Trata-se, no fundo, de viver melhor nas nossas aldeias e vilas rurais.
A concluir, a AJAP, organização filiada na CNA - Confederação Nacional da Agricultura, adverte que «a regionalização, só por si, não será a varinha de condão capaz de resolver todos os nossos problemas». Mas, «com a regionalização, com mais democracia e descentralização», os camponeses ficam em melhores condições para defender e promover os seus direitos e interesses, «defender e promover, em cada região, a lavoura nacional».
