Nos dias negros de 22 e 23 de Setembro,
Wall Street conheceu o pânico. E não foi no mercado de acções

À beira da catástrofe

Por Manoel de Lencastre



O espectro de um terrível desastre esboçou-se em Wall Street na tarde de terça-feira, 22 de Setembro. Já a 2 desse mês o LTCM(Long Term Capital Management), um Fundo de investimentos cujos negócios explicaremos mais adiante, tinha avisado os respectivos clientes de que os valores activos da empresa tinham sofrido, só em Agosto, uma quebra de 44%. Estimava-se que de Janeiro até ao fim de Agosto essa quebra se fixasse em 50%. As desculpas apresentadas pelos directores do Fundo não convenceram. E porque a falência do LTCM acarretaria consigo perdas superiores a 200000 milhões de dólares, toda a Wall Street entrou em pânico.

O capital do Fundo era de 2,5 mil milhões de dólares. Mas, onde já ia ele? Tinha-se dissipado. Não era a perda desse capital, todavia, que originava os tremores experimentados por toda a Banca americana e internacional. A verdade é que, com base no seu capital, os directores do LTCM haviam exposto o Fundo a um «leverage» muito superior às trinta vezes que os Bancos, normalmente, compreenderiam. Se decretada, oficialmente, a falência do LCTM faria diminuir ainda mais a base dos seus valores activos e desencadearia uma série de outras falências que acabariam por colocar em perigo a própria posição dos Bancos envolvidos nos negócios do Fundo e nos dos seus milhares de investidores e clientes. Um dos banqueiros afectados pela negra perspectiva da falência de todo o sistema de Bancos e Fundos de investimentos disse:

«Tinha-se gerado um clima de intenso ressentimento contra esses 100 homens (1) que, em Greenwich, Connecticut (2), conseguiram levar o sistema financeiro internacional à beira da catástrofe.»

Perante o alarme que surgia de todos os quadrantes da vida económica e financeira dos Estados Unidos e não só, face às aflitivas mensagens recebidas de Inglaterra (Barclays), da Alemanha (Deutsche Bank) e da Suíça (Union de Banques Suisses), o Federal Reserve Bank de New York (Banco central dos Estados Unidos) resolveu intervir. OLTCM não podia ser deixado tombar na falência. Mas os seus negócios, possivelmente, já não tinham futuro. Era essencial, apesar disso, não permitir que se desenvolvesse um dominó de falências internacionais que deixaria o mundo financeiro em chamas. Também não podia ser o governo de Washington a deitar dinheiro público na fogueira, como já tinha feito noutros casos menos catastróficos. Os contribuintes fiscais, o povo americano, não aceitaria, possivelmente, tornar-se no salvador dos aventureiros do LTCM e dos capitais que os Bancos lhes haviam emprestado e aos seus clientes. Era necessário que fossem os próprios Bancos a tirar as castanhas do lume se quisessem defender os seus interesses. Como se disse, estavam em jogo 200000 milhões de dólares. OFederal Reserve Bank chamou os principais banqueiros de Wall Street.


Uma reunião
de último recurso

Agora, vejamos o que a este respeito escreveu o «Financial Times», a 25 de Setembro, há poucos dias, portanto: «As caras e as figuras que se juntaram à mesa no gabinete da direcção do Federal Reserve de New York, no 10.o andar da respectiva sede, naquela noite de quarta-feira (23.09.1998) representavam a élite de toda a Wall Street. Raramente tinha um acontecimento apresentado suficiente urgência para requerer que se tivessem chamado pessoas como David Komansky, presidente do Merril Lynch, e Sandy Warner, presidente do J.P. Morgan, apenas com algumas horas de prazo. Mas as circunstâncias eram excepcionais. Aqueles homens, e outros em representação de mais 12 bancos estavam ali para evitar a falência de um deles e salvarem-se a si próprios dos efeitos de um dos mais espectaculares colapsos financeiros da Waal Street moderna. Para o «Long Term Capital Management», o Fundo de élite cujo activo ascendia a 80 000 milhões de dólares, soara a hora da verdade.

Na importante fortaleza do edifício do Federal Reserve com os seus portões de ferro trabalhado e a sua severa fachada em pedra, um grupo de especialistas em alta finança tinha trabalhado durante todo o dia sob instruções dos principais bancos de investimentos de toda a Wall Street. Lutaram para persuadir outras instituições financeiras a contribuir com centenas de milhões de dólares cada um para que o capital do LTCM fosse reconstituído. Disse alguém que tomou parte nos trabalhos: "Já não dispúnhamos de muito tempo..."»

Os bancos envolvidos nesta significativa operação de absoluta emergência cuja finalidade, sem dúvida, residia na salvação do próprio sistema bancário em geral porque a queda dos bancos de investimentos arrastaria consigo os bancos comerciais (credores em última análise), foram os seguintes: Goldman Sachs, Merril Lynch, Morgan Stanley Dean Whitler, Travelers (3), UBS (Suíça), Crédit Suisse First Bostom, Barclays Capital, Deutsche Morgan Granfell, Chase Manhattan, BT Alex Brown, J.P. Morgan. Em conjunto, subscreveram 3,5 biliões de dólares para que o capital do LTCM fosse reposto tornando-se possível, assim, evitar a falência deste e continuar a gerir a carteira de investimentos ainda em curso. Mais tarde, juntar-se-iam àquele grupo o Lehman Bros., a Société Générale, o Paribas, o Crédit Agricole (associado do Grupo Espírito Santo) e o Banco de Itália.

Quem conhece o funcionamento dos bancos e a psicologia dos banqueiros não teve hesitação em concluir, desde o primeiro minuto, que o instinto inicial dos participantes nesta operação fora o de salvarem-se a si mesmos deixando o LTCM e os seus dirigentes na estrada da falência e do desprestígio. Mas, vendo mais longe, rapidamente descobriram que os milhares de investidores no Fundo tinham, em incontáveis casos, realizado os seus investimentos com dinheiro levantado nos mesmíssimos bancos do LTCM e em quase todos os outros. OFederal Reserve Bank tinha já visto isso, precisamente. A falência de todo o sistema, assim, estava à vista e só foi evitado em último dia, como costuma dizer-se na terminologia bancária.

Agora, o LTCM vai funcionar dirigido por uma comissão nomeada pelos seus novos e relutantes proprietários (os bancos) enquanto aos antigos accionistas se reservaram 10 por cento do novo capital. Quanto aos directores do Fundo, os homens que haviam inventado o sistema em que o mesmo operava, ficaram reduzidos a 1 por cento daqueles 10 por cento e continuarão ao serviço na qualidade de empregados para que o acompanhamento dos negócios prossiga. Mas ninguém tem quaisquer ilusões em Wall Street. Logo que a nova comissão recupere das perigosas posições tomadas pelo antigo regime, o capital agora subscrito será retirado e o LTCM liquidado. Neste momento, é lícito dizer-se que o Fundo foi meramente ressuscitado, removido, quase precipitadamente, do próprio túmulo. Na realidade, o LTCM já não passa de um cadáver cuja presença entre os vivos suscita um clima de horrores e pânico quanto ao destino dos outros fundos de alto risco (Hedge Funds), dos bancos de investimentos e, enfim, de todos os bancos.

Quando terminou a já célebre reunião na sede do Fed, em Wall Street, a atmosfera tornara-se de completa perplexidade. Nos «halls» de entrada e na própria rua, homens de negócios com investimentos directos ou indirectos no LTCM procuravam respostas para o mais incerto dos futuros. Pequenos corretores ao serviço de clientes cujos investimentos se haviam perdido, todos fumando em cadeia, não conseguiam sequer imaginar como fora possível que tudo aquilo tivesse acontecido. Empregados dos bancos, para lá enviados em missões múltiplas, cabisbaixos, procuravam convencer-se de que a falência anunciada do LTCM, mas evitada no momento derradeiro, não passava de uma violenta tempestade num copo de água. Um drama de consequências eventualmente aterradoras que não se repetiria. Ou tudo andaria errado neste mundo...

O que esteve em jogo naquela quarta-feira do destino de todos os capitalistas foi o edifício do capital financeiro americano e mundial. Agora, ficou o medo do contágio. O capitalismo que, evidentemente, não é só dinheiro ou papel em sua representação, vive muito da psicologia. As economias da Ásia, da Rússia, da América do Sul, abriram crateras irreparáveis. Nervosos, semi-perdidos num universo que julgavam impossível conhecer, todos os que apostavam no sistema de Wall Street começaram a perder a confiança e fogem apavorados em busca daquilo que, simplesmente, não existe – o paraíso onde o capital possa prosperar, reproduzir-se, crescer, e jamais enfrentar riscos. A verdade de toda esta repugnante história encontramo-la na inevitável conclusão: mesmo com uma injecção de novo capital, as responsabilidades do LTCM representam, ainda, cerca de 60 vezes esse valor (3,5 mil milhões de dólares). Como foi possível, entretanto, que a aventura deste Fundo, de investimentos especiais, tivesse acontecido?

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(1) O conjunto do pessoal dirigente do Long Term Capital Management.
(2) Sede do Fundo.
(3) O presidente deste banco, SandyWeill, passará a controlar a maior instituição financeira americana quando a aquisição do Citicorp ficar formalizada e completa dentro de 10 dias. Trevelers é a organização bancária que absorveu o Solomon Brothers e procedeu ao encerramento da secção de fundos derivativos, opções e futuros nele existente.

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Fundos de Alto Risco

O Long Term Capital Management é um dos chamados «Hedge Funds», aqueles que tomam riscos em operações difíceis de compreender por quem não possui experiência daquilo que é a corrida aos lucros quase impossíveis nos meios onde o grande capital trabalha e precisa, evidentemente, de reproduzir-se. Às operações de risco conduzidas por estes fundos é costume chamar investimentos de especuladores e pessoas super-ricas em negócios «futuros» e em «opções» relativamente a posições possíveis. Porque se trata de actos comerciais que ultrapassam os negócios bancários normais, chamam-lhes «derivativos», o que significa serem contratos que derivam das actividades bancárias ainda que não possam exercer-se sem o dinheiro dos bancos.

Os derivativos, as opções, os futuros, são contratos que dão o direito, por exemplo, de comprar mercadorias no futuro a um preço calculado no presente. O mesmo sucede com operações de «exchange» em larga escala. Se alguém necessita de uns milhões de dólares ou libras dentro de seis meses, o Fundo pode garantir esse dinheiro a um câmbio calculado e aceite, mas que poderá divergir daquele que vigorar no momento culminante. Armados com a experiência e os serviços de economistas e matemáticos, os Fundos e, especialmente, o LTCM, concluem que tais ou tais negócios derivativos lhes podem proporcionar numa data futura estabelecida, um lucro determinado. Concluídos os respectivos contratos, realizam fenomenais lucros, imediatamente, descontando nos bancos 90 ou 95 por cento do valor desses contratos. É daí que surgem as responsabilidades acumuladas. Quando os negócios morrem em determinados mercados, como aconteceu com a Rússia e os chamados mercados emergentes da Ásia, todo o sistema se afunda. O risco acaba onde havia começado – no sistema bancário.

Os investidores no LTCM eram pessoas recomendadas pelos próprios bancos e, espantosamente, os chamados «investidores estratégicos» eram gente colocada em altas posições governamentais nos vários países ou, segundo se sugere, agora, funcionários de autoridades financeiras de países asiáticos e da Rússia, de onde todo o dinheiro desapareceu. Aos seus investidores, o LTCM cobrava uma taxa de 2 por cento, anualmente, a título de custos com a gerência do capital investido, e mais 25 por cento de todos os lucros realizados com esse capital. Se se verificassem prejuízos, os clientes do LTCM suportá-los-iam na totalidade.

Dinheiro a sério...

Em condições desta espécie, não se compreende muito bem como foi possível ao LTCM chamar a si tantos investidores. A verdade, porém, é que há cerca de dois anos, o Fundo começava, até, a declinar ofertas de capital para investimento. A sua riqueza era tal que já não desejava gerir mais dinheiro. E devolvia o capital que os candidatos a investidores lhes enviavam.
O Long Term Capital Management, não sendo o maior entre os fundos de alto risco, era o que se distinguia pela qualidade técnica e académica dos seus principais dirigentes. O seu fundador, John Meriwether, fora um dos mais prestigiados «Masters of the Universe» (Mestres do Universo) como administrador de investimentos no Solomon Brothers, hoje desaparecido, durante os anos 80. OLTCM era o único fundo que incluía entre os seus cérebros dirigentes figuras laureadas com o Prémio Nobel em Economia e Matemática.
Meriwether é uma das personagens centrais do livro bestseller intitulado «Liars Poker» que aborda e analisa o estilo de vida e de trabalho naquele Banco. Tornou-se numa figura lendária na Wall Street. Segundo o referido livro, Meriwether teria sido desafiado para uma aposta pelo então presidente dos Solomon, John Gutfreund, nos seguintes termos: «Aposto contigo um milhão de dólares – e nada de lágrimas». Ao desafio, Meriwether, respondeu: «Só aposto com dinheiro a sério. Dez milhões de dólares – e nada de lágrimas!»
Como se disse, era uma figura venerada em todos os meios do capitalismo. Wall Street apaixonara-se pelo mestre supremo de tudo o que fossem operações financeiras arriscadas. Americano de origem irlandesa, Meriwether cresceu na cidade de Chicago em cuja Universidade obteria em 1974 o mestrado na disciplina de «Administração de Negócios». Mais tarde, como chefe das operações com títulos do Estado no Banco Solomon Bros., fez-se rodear de académicos com qualificações máximas em física e matemática. Em 1991, viu-se envolvido no escândalo que ensombrou aquele célebre Banco de investimentos e levaria ao seu desaparecimento. Os patrões do Banco, John Gutfreund e Tom Strauss foram afastados e John Meriwether apenas conseguiu salvar-se com dinheiros emprestados pelo «Sábio de Omaha», Warren Buffett, um dos principais, talvez o principal especialista americano em negócios da Bolsa e de investimentos.

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Prémios Nobel desacreditados

A sede de Long Term Capital Maragement foi estabelecida em Greenwich, no Connecticut, logo que Meriwether deixou os Solomon em Agosto de 1991, depois do escândalo com títulos inválidos da Tesouraria do governo dos Estados Unidos. Levou consigo para a nova firma os melhores «traders» (negociantes) em investimentos para opções e negócios futuros, incluindo os professores Eric Rosenfeld e Larry Hilibrand, da «Business School» da Universidade de Harvard. Igualmente, recrutou para o LTCM os serviços do antigo vice-presidente do Federal Reserve, David Mullins.
Mas o «golpe» que, verdadeiramente, feriu a imaginação do mercado e de todos os especuladores do mundo foi a chamada aos quadros do Fundo de dois académicos do mais alto grau que ficaram encarregados da aplicação de complexas fórmulas matemáticas ao cálculo minucioso das mais inverosímeis possibilidades do mercado das opções, dos negócios futuros, dos derivativos. Com efeito, o professor Robert Merton (Universidade de Harvard) e o académico Myron Scholes (Universidade da Califórnia) tinham sido laureados com o Prémio Nobel da Economia em 1997 por terem «divisado e desenvolvido» o sistema de determinação do valor dos derivativos que ficou conhecido com o método «Black-Scholes».
Ao entregar-lhes o Certificado e o cheque de um milhão de dólares correspondente ao Prémio Nobel, o júri dissera que «o seu trabalho na elaboração do sistema, em conjunto com o já falecido Fisher Black, da Goldman Sachs, os colocava na frente entre todos os que tinham contribuído para o progresso das ciências da Economia nos últimos 25 anos».
Naturalmente, estes Nobel eram mais homens de negócios do que cientistas. Faziam parte do grupo de 12 sócios que haviam fundado o LTCM, em 1992, com um capital de 150 milhões de dólares, cada. Esse capital tinha crescido para 490 milhões de dólares, cada, quando a base inicial aumentou de 1250 milhões para 6000 milhões. A este nível de crescimento os lucros que o LTCM distribuía aos seus investidores, que incluíam muitos banqueiros importantes em Wall Street agindo a título privado, eram considerados bons. Tudo, ao fim de seis anos, tinha caminhado da melhor maneira.
Mas, agora, o LTCM, Merriwether, os dois Nobel da Economia e os 100 principais «managers» de Greenwich, fizeram tremer a Wall Street e todo o edifício do capitalismo. O que aconteceu, realmente, foi a falência, apesar da intervenção do Federal Reserve e dos Bancos que, contrariados, tiveram de embarcar na mais complexa operação de salvamento que a Wall Street moderna jamais viu.
Nestes termos, não surpreende que o comentador do Financial Times, Barry Riley, tivesse proferido uma fatal palavra de ordem: «Corram já para os barcos de salvação!» após o que, reflectindo, desabafou: «Mas ainda haverá tempo?»

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Sayonara

A falência mais espectacular que se verificou no Japão desde o fim da 2ª Guerra Mundial verificou-se no passado dia 27 de Setembro (um domingo) quando o «Japan Leasing Corporation» entrou em colapso com dívidas de 2,4 triliões de yen (10 000 milhões de libras) e fechou.
Este banco, que se especializava em negócios de «leasing» (empréstimos para a compra de equipamentos e de propriedades) é uma das três filiais do Long Term Credit Bank», cuja falência se espera, também, a toda a hora. O fim do Japan Leasing Corporation foi provocado pela incobrança das dívidas dos seus clientes. Estes, apanhados em falso pela quebra dos valores dos bens adquiridos, cessaram os seus pagamentos e faliram também.
As duas outras filiais do Long Term Credit Bank, a Nippon Lendic e a Nippon Enterprises Development, pode dizer-se que, igualmente, têm os seus dias contados.


O Goldman Sachs fugiu
ao veredicto do mercado

O lançamento no mercado, do papel subscrito pelo famoso banco de negócios americano, Goldman Sachs, acaba de ser adiado e, possivelmente, jamais terá lugar. Tratava-se de uma operação que envolvia o encaixe de 30 000 milhões de dólares. Foi uma enorme decepção porque o Goldman Sachs é, nos nossos dias, o banco de investimentos de maior êxito. Mas as perdas sofridas, recentemente, em todos os mercados mundiais, deixaram clara a mensagem de que tinham deixado de existir condições favoráveis para que aquela operação se realizasse.
No clima de crise e de nervosa expectativa que se vive, actualmente, em Wall Street, os directores do banco, Jon Corzine e Henry Paulson, tiveram de reconhecer que a venda de títulos da instituição no valor acima referido estava condenada ao malogro. Possivelmente, nem metade dos 30 000 milhões de dólares conseguiriam obter. Esta instituição prejudicou bastante os 190 sócios do banco que esperavam embolsar 45 milhões cada. Também o restante pessoal (11 500 funcionários) esperava receber acções de valor igual ao de um ano de vencimentos. Tudo o vento da crise levou...

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Uma declaração de Alan Greenspan
Presidente do Banco Central Americano,
o «Federal Reserve Bank»

«Se a falência do Long Term Capital Management tivesse resultado na paralisação dos mercados financeiros, seriam infligidos prejuízos substanciais a um número incalculável de participantes no jogo desses mercados, incluindo alguns que não se achavam directamente envolvidos em negócios com o LTCM. Inclusivamente, a falência deste Fundo de investimentos de risco, se tivéssemos permitido que se verificasse, colocaria em perigo as economias de muitos países, incluindo a do nosso».


«Avante!» Nº 1297 - 8.Outubro.1998