Grande
plenário da Telecom
decide passar à luta
Milhares de trabalhadores da Portugal Telecom mandataram no dia 8 a Frente Comum dos Sindicatos da empresa «para analisar, em cada momento, a evolução do processo negocial e, face a esta, marcar as formas de luta que considerar necessárias, incluindo a greve geral».
A moção, aprovada no plenário que reuniu no Pavilhão Carlos Lopes, por iniciativa daquele estrutura constituída por onze sindicatos, refere expressamente que «as acções de rua, assumindo as mais diversificadas características, devem ser consideradas de particular importância nas futuras lutas a desenvolver.
Em causa está a
negociação relativa às reivindicações sindicais para 1998,
processo que «tem vindo a arrastar-se há mais de quatro meses,
sem que a administração responda». A Frente Comum, recordando
os elevados lucros obtidos pela PT em 1997 e no primeiro semestre
de 1998, considera a situação «inadmissível» e convocou a
reunião nacional da passada quinta-feira, dando assim seguimento
às decisões do plenário de 24 de Setembro, no Porto, que teve
igualmente uma forte participação.
A análise do processo negocial, sintetizada na moção que
depois foi entregue à administração pelos participantes no
encontro, tece fortes críticas aos responsáveis da empresa,
acusando-os de «falta de empenho, de capacidade e até má-fé
negocial», e exige «firmeza e responsabilidade» do ministro
João Cravinho para que seja cumprida a legislação sobre
harmonização das condições de trabalho resultantes da
constituição da PT, há 4 anos.