Greve
dos professores
ganha mais razão
A greve anunciada na semana passada, após uma reunião entre a Federação Nacional de Professores e a FNE «ganha hoje o carácter de necessidade intransponível».
O Secretariado
Nacional da Fenprof declarou-o na segunda-feira, depois de ter
recebido do Ministério, para a reunião de negociações que
teria lugar na terça, uma «cópia» da proposta de Estatuto da
Carreira Docente dos educadores de infância e dos professores
dos ensinos Básico e Secundário. Isto, depois de a Educação
ter anulado uma reunião de negociação agendada para a semana
passada, «mostra claramente que o Governo não quer revalorizar
a carreira docente e pretende, com este simulacro de
negociações, queimar tempo que lhe permita chegar a 30 de
Outubro sem mexer numa vírgula sequer das propostas que elaborou
no ano lectivo passado», afirma a federação.
Caso não se altera tal atitude política, previne-se no
comunicado, «o dia 30 de Outubro não será um dia de
encerramento das negociações, mas o primeiro de uma luta que se
prolongará pelo mês de Novembro» e que, com este comportamento
do ME, «ganha mais razão de ser».
A disponibilidade para participar nas acções que venham a ser
definidas foi manifestada dia 8, em Viseu, por professores e
educadores que, no final de um plenário do SPRC/Fenprof, se
deslocaram ao Centro de Área Educativa e ao Governo Civil.
Com a CGTP
A Fenprof e a CGTP-IN assinaram segunda-feira um protocolo de cooperação que, tendo por objectivo reforçar os laços já existentes, prevê apoios mútuos e acções convergentes em defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores. As duas estruturas sindicais comprometem-se a trocar regularmente informação e participar nas actividades que promovem. A Fenprof irá debater com a CGTP as questões de relevante interesse na área da política educativa, enquanto a central consultará a federação quando tenha que nomear representantes para organismos oficiais ligados à educação. A Lusa refere ainda outras áreas de cooperação, como o ensino e a formação profissional, estudos e trabalhos de investigação, apoio jurídico, cedência de instalações.