PCP/Madeira
contra o Pacote Laboral
Jerónimo de Sousa, membro da Comissão Política do PCP, esteve recentemente na Região da Madeira, onde participou na campanha aí promovida pelos comunistas contra o Pacote Laboral apresentado pelo Governo.
Logo no primeiro
dia, Jerónimo de Sousa contactou com os trabalhadores da Novapista
- consórcio formado para a ampliação do Aeroporto do Funchal
-, tendo participado na distribuição de documentos do Partido
sobre os malefícios que podem resultar da aprovação do Pacote
Laboral e esclarecido os trabalhadores sobre esta ofensiva do
Governo com vista a beneficiar o patronato.
À noite, no Centro de Trabalho de Machico, o dirigente do PCP
participou num encontro aberto, onde igualmente foram abordados
os problemas e as lutas dos trabalhadores no actual contexto
político, económico e social do nosso País.
A comemoração dos 150 anos do Manifesto Comunista e da
surpreende actualidade dos problemas que, apesar da diferença de
contornos, aponta - desemprego, violação de horários de
trabalho, salários baixos, trabalho infantil, discriminação da
mulher -; as propostas contidas no Pacote Laboral e o cortejo de
desigualdades, discriminações e injustiças que ele acentua,
foram também tema de um debate realizado, no âmbito da
campanha, no Centro de Trabalho do Funchal, com a presença de
muitos militantes e simpatizantes do PCP.
A verificar-se a aprovação desta proposta do Governo,
teríamos, «no limiar do século XXI - era de assombrosos
avanços da Humanidade nos campos da ciência e da tecnologia -,
uma geração sem direitos, uma geração de trabalhadores que
apenas conhecerá e se regulamentará pela precariedade e pela
falta de segurança no mundo do trabalho», esta a principal
conclusão saída dos debates realizados. Este é, porém, um
processo contra o qual o Governo «poderá, de certeza, contar
com a oposição determinada e firme» dos trabalhadores e do
PCP.
Mais uma «palhaçada»
Alberto João Jardim
e a restante cúpula do PSD/Madeira decidiram comemorar o 25 de
Novembro com uns discursos na Assembleia Legislativa Regional de
carácter vincadamente anticomunista. Um facto «tão caricato»,
na opinião dos comunistas, quanto é certo ter o mesmo partido
recusado comemorar o 25 de Abril.
Assim, aproveitando a sessão parlamentar, o Grupo Parlamentar da
CDU, pela voz do deputado comunista Leonel Nunes, fez uma
declaração do seguinte teor:
«No próximo ano comemorar-se-á o 25º aniversário do 25 de
Abril.
Esta Assembleia recusou comemorar condignamente esta efeméride.
No entanto, hoje, comemora o 25 de Novembro, como se fosse
possível um sem o outro.
Em homenagem ao 25 de Abril, que esta Assembleia devoa comemorar,
recusamo-nos a fazer mais qualquer comentário sobre mais esta
palhaçada imposta pela maioria laranja.»