Comunistas em defesa da TAP
Os trabalhadores comunistas da TAP acusam o conselho de administração de não possuir qualquer estratégia empresarial capaz de salvaguardar os interesses da companhia e de ter optado, em conluio com o Governo, pela sua entrega de mão beijada à Swissair.
Em comunicado dirigido aos trabalhadores e aos órgãos de comunicação social, a célula do PCP considera que são já visíveis alguns custos desse «trespasse» da transportadora área nacional para a companhia Suiça, destacando, entre outros, a alienação da sua rede comercial própria, bem como a cessação do sistema de reservas de passageiros, serviço este na ordem de muitos milhões de contos que a TAP passou a adquirir à Swissair.
Entendendo que
estamos perante uma estratégia neoliberal que conta com a
cumplicidade do Governo visando a «formação de mega
transportadoras ou grupos de transportadoras aéreas controladas
por sistema holding», de que frontalmente discordam, os
comunistas da TAP defendem que a única forma «tecnicamente
sustentada» de impedir a diluição acelerada da TAP na Swissair
é manter «o seu próprio departamento IT e nunca abdicar do
planeamento estratégico da informática».
«Não podemos permitir que a TAP seja reduzida a uma mera
delegação de uma companhia estrangeira", sublinha o texto
do secretariado da célula do PCP, no qual é reiterada a
determinação para em conjunto com os restantes trabalhadores
prosseguir a luta por uma «TAP autónoma e viável», que
mantenha o estatuto de companhia de bandeira, única alternativa
que do seu ponto de vista serve os interesses do País e dos
trabalhadores da transportadora aérea nacional.