Orçamento de Almada
A aposta no desenvolvimento social


Mais escolas, centros de saúde e espaços de apoio a idosos e deficientes, são algumas prioridades da Câmara Municipal de Almada aprovadas, por maioria, em reunião extraordinária realizada no passado dia 26.

Estes projectos integram o Plano de Actividades e Orçamento do município de Almada para o próximo ano, que prevê investimentos no domínio da educação, infância e juventude, cultura, ambiente, acção social, transportes, turismo, desporto, entre outros.

Neste quadro destacam-se intervenções tão diversas como a ampliação e manutenção da rede escolar do 1º ciclo do ensino básico, a rede de parques infantis e ampliação da rede de jardins de infância, a conclusão da construção da Pousada da Juventude, a construção do Museu da Cidade, do centro Sócio Cultural de Santo António e do novo Teatro Municipal, a adopção de um novo programa de espaços verdes, ampliação da rede viária local, o projecto do Metro Sul do Tejo, criação do Gabinete de Apoio à Mulher e de Centros Comunitários de Apoio a Idosos, ou ainda o Projecto de Desenvolvimento Integrado da Costa Atlântica, ou a construção de um Estádio Municipal e de um recinto polidesportivo na Trafaria.
A construção de um Palácio da Justiça em Almada, Centros de Saúde na Sobreda, Pragal, Feijó e na Charneca, a construção de um Centro de Reabilitação e Apoio a Pessoas Deficientes e uma Escola Básica, são alguns dos projectos que a Câmara considera «de grande importância para o desenvolvimento do concelho» e para os quais já disponibilizou terrenos.
O Plano de Actividades e Orçamento da Câmara Municipal de Almada atinge um valor global de 15,8 milhões de contos. Foi também aprovado para 1999 o Plano Plurianual de Investimentos dos SMAS, em que está prevista a construção de novas infra-estruturas, nomeadamente para o tratamento de águas residuais.

Sintra
CDU contesta orçamento

Os vereadores CDU da Câmara de Sintra, que votaram contra a proposta de orçamento municipal para 1999, denunciaram, em conferência de imprensa, que o Orçamento de Estado para o próximo ano «ignora escandalosamente as necessidades e anseios da população» do concelho.
No encontro com a comunicação social, que contou com a presença de Luís Sá, os vereadores referiram, em particular, a escassez de verbas em áreas prioritárias, como as das acessibilidades, da saúde e da segurança.
A nível das estradas, sublinharam que «não existe um centavo» quer para o prometido alargamento do IC-19, quer para o nó da CREL em Queluz-Massamá, quer para o IC-16, quer para a via de ligação do IC-19 à A5 entre Cacém e Paço de Arcos.
A nível da saúde, os autarcas da CDU acusam a presidente da Câmara de «fazer um show mediático em torno da construção de um novo hospital» quando no Orçamento de Estado não existe qualquer verba ou referência a esse hospital e «mais grave ainda, as verbas para a saúde limitam-se a cinco mil contos».
Os vereadores da CDU denunciam ainda que «o orçamento para o próximo ano pretende fazer pagar à população a incapacidade da maioria PS/PSD de produzir receitas» e sublinham a reduzida verba transferida para as Freguesias, que oscila entre o um e meio e os dois por cento, o que é «escandalosamente pouco».


«Avante!» Nº 1305 - 3.Dezembro.1998