Tesourarias fecharam
a mais de 80 por cento


Foi superior a 80 por cento a adesão dos trabalhadores das tesourarias da Fazenda Pública ao último dia da greve convocada pelos sindicatos da Função Pública, contra a retirada do abono para falhas, contra a falta de pessoal e pela revisão da lei orgânica.

Segundo a federação sindical do sector, no dia 31 de Dezembro encerraram 13 das 15 tesourarias da cidade de Lisboa e todas as 7 tesourarias do Porto. Fecharam ainda 17 tesourarias no distrito de Coimbra (num total de 19), 21 em Aveiro (num total de 26) e 15 em Leiria (num total de 18). A adesão foi superior a 90 por cento em Santarém, enquanto em Beja atingiu os cem por cento.
A greve do pessoal das tesourarias prolongou-se, de forma faseada, durante toda a semana do fim de ano: segunda-feira, no Norte; terça-feira, no Centro; quarta-feira, no Sul e Açores; quinta-feira, a nível nacional.
Numa nota de imprensa divulgada ao final da manhã do último dia de 1998, a FNSFP/CGTP afirmava que «a postura autista do Governo face a estas questões é reveladora da falta de vontade política para resolver problemas de fácil resolução». «Caso o Governo mantenha a sua posição, o conflito agravar-se-à no início do ano», prevê a federação.

Veterinários

A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública protestou formalmente, junto do ministro da Agricultura, contra a decisão deste membro do Governo de contratar pessoal para substituir os médicos veterinários que recorreram à greve na penúltima semana de Dezembro.
A decisão de Capoulas dos Santos «constitui uma atitude ilegal» e «pôs em causa a saúde pública, ao permitir que pessoas não habilitadas autorizassem abates de animais sem observância das normas sanitárias», afirma a Frente Comum, numa nota de imprensa que divulgou dia 28 de Dezembro.
No documento, a Frente Comum exprime a sua solidariedade para com o Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários e declara público apoio aos procedimentos que este irá accionar «tendo em vista o sancionamento das ilegalidades verificadas e a punição dos respectivos responsáveis».


«Avante!» Nº 1310 - 7.Janeiro.1999