Reforçar
direitos
contra ameaças e violações
Foi aprovado faz hoje oito dias o projecto de lei do PCP que regula os procedimentos judiciais correspondentes ao direito consagrado, visando a tutela efectiva de direitos como sejam o direito à liberdade de reunião, de manifestação, de associação ou de expressão.
Trata-se de
assegurar a efectivação desses direitos, liberdades e garantias
pessoais, sempre que eles sejam ameaçados ou, mesmo, violados,
como tantas vezes já sucedeu na história da nossa democracia
através da destruição de propaganda com objectivos políticos
ou da proibição de manifestações a pretexto de regulamentos
municipais ou de governos civis.
Com este diploma, segundo Odete Santos, preenchida fica assim a
lacuna existente desde a última revisão constitucional
respeitante à regulamentação de procedimentos judiciais
céleres e prioritários destinados a tutelar direitos,
liberdades e garantias pessoais.
Ao dar cumprimento a essa garantia introduzida na mais recente
revisão da Lei Fundamental por propostas do PCP e do PS, como
explicou Odete Santos, o Grupo comunista procura assim que
«contra arbitrariedades, os cidadãos possam intervir
activamente na vida política», reforçando também por esta via
a democracia participativa.
A bancada comunista manifestou já, entretanto, total abertura
para introduzir aperfeiçoamentos ao diploma em sede de
especialidade, defendendo para o efeito a realização de
audições com várias entidades, entre as quais os Conselhos
Superiores das Magistraturas, os seus organismos representativos,
e a Ordem dos Advogados.
O projecto de lei do PCP acolheu em votação na generalidade os
votos favoráveis do PCP e do PEV e a abstenção das restantes
bancadas.