Trabalhadores do Tesouro em greve
Os trabalhadores da Direcção Geral do Tesouro (DGT) estão em greve de 17 a 19 de Fevereiro, em luta pela revalorização das suas carreiras e pela criação do Fundo de Regularização de Tesouraria.
Os trabalhadores da
DGT aguardam há um ano que o Governo apresente uma proposta que,
tendo em conta a situação específica das atribuições que
lhes cabem, promova a reestruturação das respectivas carreiras.
A falta de interesse do executivo em negociar, segundo o
Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e
Açores, está patente na ausência de resposta aos pedidos de
entrevista que têm sido dirigidos aos secretário de Estado do
Tesouro e Finanças, e da Administração Pública e
Modernização Administrativa.
Na falta de diálogo, «não resta aos trabalhadores outra
alternativa que não seja o recurso à greve», lê-se num
comunicado daquela estrutura sindical. Os trabalhadores exigem a
negociação colectiva dos diplomas de reestruturação de
carreiras e da criação do Fundo de Regularização de
Tesouraria, e a sua publicação até fins de Março.
Esta forma de luta, imposta pela indisponiblidade do Governo em
negociar, pode pôr em causa o pagamento atempado dos salários
de 400.000 trabalhadores da Função Pública.
Paralisação
suspensa
Os trabalhadores das
refinarias do Porto e de Sines, por seu lado, decidiram suspender
a greve convocada para os 17, 18 e 19 do corrente, tendo em conta
a nova posição da administração da Petrogal.
Segundo um comunicado da Federação Intersindical da Metalurgia,
Metalomecância, Minas, Química, Framacêutica, Petróleo e Gás
(FEQUIMETAL), a «nova posição da administração,
representando um avanço em relação às posições anteriores,
não contempla ainda todas as reivindicações dos trabalhadores,
pelo que a continuação ou não da luta vai depender da
evolução das negociações».
Recorda-se que os trabalhadores das duas refinarias, em
plenários realizados no dia 11, amplamente participados,
reafirmaram a sua disposição de luta, sublinhando que as
reivindicações visam obter um «acordo justo para todos».
Um comunicado da FEQUIMETAL, no final da semana passada, dava
conta da «profunda indignação» da classe por a FEQUIMETAL e a
CCT estarem a ser impedidas de participar nas reuniões de
negociações que se estavam a realizar nas costas dos sindicatos
representativos dos trabalhadores. Salientando que os interesses
dos trabalhadores são iguais, apesar de estarem filiados em
sindicatos diferentes, a FEQUIMETAL exortava à unidade nos
locais de trabalho e em torno de interesses e objectivos comuns.
Plenário na JAE
Os trabalhadores da
Junta Autónoma da Estradas (JAE) reúnem hoje em plenário
nacional, às 14 horas, no Terreiro do Paço, para analisarem o
processo de reestruturação em curso na JAE.
Em causa estão os projectos de diplomas legais que o Governo
enviou à Federação Nacional dos Sindicatos da Função
Pública sobre a criação dos Instituto das Estradas de Portugal
e do Instituto para a Conservação e Exploração da Rede
Rodoviária, e que extinguem a JAE. De acordo com os referidos
projectos, os trabalhadores terão de optar entre a colocação
num quadro de excedentes, sem garantia de absorção por outros
organismos, ou a sua desvinculação e subsequente admissão ao
contrato individual de trabalho.
Do plenário de hoje podem resultar formas de luta e de protesto
pela forma como o Governo se propõe proceder à extinção da
JAE.
Serviços
sociais
fecham dia 12
Os trabalhadores dos
serviços da acção social das universidades vão cumprir uma
greve no próximo dia 12 de Março, em luta pela integração de
todo o tempo de serviço na Caixa Geral de Aposentações, o
abono para falhas a todos os trablhadores que tenham à sua
guarda dinheiros ou valores, e o fim dos contratos individuais de
trabalho.
As reivindicações dos trabalhadores e as negociações sobre a
matéria com o Secretário de Estado do Ensino Superior
arrastam-se há mais de três anos, sem se vislumbrar qualquer
desfecho.