Líbia
Caso
Lockerbie perto do fim
Dez anos depois do atentado de Lockerbie, a Líbia, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha chegaram finalmente a acordo sobre o julgamento dos dois suspeitos do crime, no sábado passado.
Sob a mediação do
presidente da África do Sul, Nelson Mandela, do rei Fahd da
Arábia Saudita e das Nações Unidas, o acordo prevê que os
dois líbios sejam julgados na Holanda por um tribunal escocês e
com juízes escoceses e, caso sejam declarados culpados, cumpram
a pena na Escócia com uma «supervisão internacional».
Na sequência do acordo, as sanções imposta pela ONU contra a
Líbia em 1992 serão totalmente levantadas. Segundo a agência
Lusa, Kofi Annan deve autorizar o Conselho de Segurança das
Nações Unidas a anulá-las nos próximos 90 dias. O
secretário-geral da organização sente-se «muito encorajado»
e «espera uma conclusão rápida do assunto».
Por outro lado, os EUA e a Grã-Bertanha deixam de considerar que
a Líbia está ligada ao terrorismo.
O atentado contra o avião da companhia aérea norte-americana
Pan Am sobre a localidade escocesa de Lockerbie, perpetrado em 21
de Dezembro de 1988, provocou 270 mortos. Americanos e
britânicos acusam os líbios Abdel Basst Alo Mohammed e Lamen
Khafila Fhimah de serem os responsáveis. A Líbia exigia até
agora que os acusados cumprissem a sua pena na Holanda, caso
fossem considerados culpados.