Reformados manifestam-se
Centenas de reformados desfilaram, sábado passado, entre a Praça do Comércio e a Praça da Figueira, em Lisboa, reivindicando melhor Segurança Social e melhores condições de vida.
A manifestação,
convocada pela Confederação Nacional de Reformados,
Pensionistas e Idosos - MURPI, teve, como objectivos
fundamentais, a exigência de um aumento intercalar de pensões e
a defesa de um sistema público de Segurança Social e do
Serviço Nacional de Saúde.
O MURPI reivindica que até ao ano 2000 todos os idosos tenham
uma reforma que corresponda, no mínimo, a 85 por cento do
salário mínimo nacional, com aumentos intercalares de três mil
escudos no segundo semestre deste ano.
A pensão de reforma mínima é actualmente de 22.600 escudos.
Numa moção que irá ser entregue aos órgãos de soberania, o
MURPI reivindica ainda ao governo o cumprimento das promessas
eleitorais, a defesa do sistema público da Segurança Social, um
Serviço Nacional de Saúde universal, geral e gratuito e o total
respeito pelos direitos adquiridos «ao longo dos anos de
trabalho e de luta».
O MURPI contabiliza mais de 1,8 milhões de reformados com
pensões inferiores a 32 mil escudos, salientando que «39 por
cento das famílias portuguesas vivem abaixo do nível de
subsistência», sendo os reformados, pensionistas e idosos os
mais atingidos.