Mais
cooperação
contra o crime organizado
A luta contra o branqueamento de capitais e a criminalidade organizada é o tema de um encontro que está a decorrer hoje, quinta-feira, em Bruxelas, por iniciativa do Grupo Confederal da Esquerda Unitária/Esquerda Verde Nórdica.
O encontro
realiza-se depois de os partidos que integram o Grupo,
designadamente o PCP, terem abordado estes problemas em diversas
iniciativas. Recorde-se que ainda recentemente os comunistas
portugueses promoveram em Lisboa o fórum «Drogas e
Branqueamento de Capitais», no qual participaram representantes
do Partido Comunista Françês, da Refundação Comunista, bem
como especialistas nacionais e estrangeiros.
O colóquio de hoje pretende abordar a situação do
branqueamento de capitais e das organizações criminosas nos
países da Europa e as suas ligações mundiais; analisar medidas
de prevenção e de combate contra estas práticas e as
experiências e acções de cooperação de diversos países;
aprofundar as formas de cooperação e elaborar propostas de luta
contra este fenómeno, particularmente no que concerna às
organizações criminosas, a apresentar no Parlamento Europeu e
nas instâncias internacionais.
Para além de representantes dos partidos que constituem o Grupo,
foram convidados a Organização das Nações Unidas, o Conselho
da Europa, o Observatório Europeu contra a Droga e
Toxicodependência, a Comissão da União Europeia, entre outras
instituições, para além de vários especialistas na matéria.
De Portugal, participam o deputado António Filipe, membro da
Comissão Eventual da Toxicodependência da Assembleia da
República, e o procurador João Luís Pena dos Reis, presidente
do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público.
Os organizadores salientam que o problema atingiu uma importante
dimensão na Europa e no mundo, com consequências nas
actividades económicas e financeiras e ligações ao sistema
político. Por outro lado, a globalização económica e as
tendências dominantes no mundo actual, a supressão de
fronteiras e a própria criação do euro, podem ser utilizadas
em certos casos para a intensificação de actividades ilícitas,
contribuindo assim para o agravamento da situação.
Neste contexto, é necessário promover uma cooperação mais
estreita ao nível europeu e mundial para combater o crime
organizado, nomeadamente no que respeita ao tráfico de droga e
ao branqueamento de capitais.