Em luta contra o pacote laboral
Hoje, no dia em que são discutidos na Assembleia da República, os primeiros projectos de revisão das leis laborais, realiza-se no Porto uma acção pública de protesto e luta contra o pacote laboral, promovida pela União dos Sindicatos.
O início da acção
está previsto para as 15 horas, na Praça de Liberdade e é uma
das muitas iniciativas que a CGTP-IN realiza em várias regiões.
Segundo o calendário aprovado pela 3ª Conferência de
Organização Sindical, presente mês será marcado por fortes
movimentações de trabalhadores, que exigem o respeito pelos
seus direitos e pretendem que o Governo abandone projectos sobre
trabalho a tempo parcial, férias, conceito de retribuição e
trabalho nocturno, remetendo a regulamentação destas matérias
para a negociação colectiva. (ver entrevista com Jerónimo de
Sousa na página 19)
No dia 25 de Março, os trabalhadores de todo o país
concentram-se nos Restauradores e em S. Bento, junto à
Assembleia da República.
Entretanto, a estrutura sindical está a intensificar as acções
de esclarecimento e mobilização em torno da revisão da
legislação laboral, e tem, como objectivo aprovar o máximo
número de pareceres, nomeadamente contra a subordinação das
férias à assiduidade e à redução dos salários por via da
alteração do conceito de retribuição.
Guardas
em vigília
Os guardas e
vigilantes da natureza tinham marcada para ontem um vigília
junto à secretaria de Estado da Administração Pública e da
Modernização Administrativa. A classe acusa o Governo de estar
a violar a negociação colectiva sobre o regime de trabalho,
matéria em que as partes chegaram a acordo no passado mês de
Junho. Segundo uma nota da Federação da Função Pública, o
Governo «renegou todo o processo negocial que decorreu durante
dois anos». Esta situação já foi objecto de queixa ao
Provedor da Justiça.
Igualmente em luta, estão os trabalhadores do Ministério da
Cultura, que ontem enviaram uma delegação de dirigentes e
activistas do sector para entregar um abaixo-assinado ao titular
do cargo, onde exigem a abertura do diálogo e a calendarização
das negociações sobre carreiras, horários e outras matérias
Auxiliares
de saúde
continuam greve
A greve dos
trabalhadores dos Serviços Gerais do Ministério da Saúde, que
teve início na passada semana, prosseguiu esta semana com
elevados índices de adesão, entre 70 e os 100 por cento. Na
terça-feira, na zona sul do distrito de Castelo Branco,
paralisação afectou o hospital e centros de saúde de Castelo
Branco, Vila Velha de Rodão, Proença-a-Nova, Oleiros, Sertã,
Vila de Rei e Idanha-a-Nova. Na quarta-feira foi a vez do
distrito de Portalegre, em particular no Hospital distrital e nos
centros de saúde de Marvão, Castelo de Vide, Gavião, Nisa,
Ponte de Sor e Avis.
Hoje, greve está marcada para os concelho de Cascais, seguindo
amanhã, sexta-feira, para o distrito de Beja, Barlavento
algarvio, sul do distrito de Santarém, parte dos distrito de
Setúbal e concelho de Oeiras.
Ainda amanhã a greve atingirá os Hospitais da Universidade de
Coimbra, os centros de Saúde de Condeixa, Penela, Lousã,
Poiares, Penacova e Miranda do Corvo, bem como os hospitais de
Santa Maria, Pulido Valente, Egas Miniz e S. Francisco Xavier, em
Lisboa.
Estes trabalhadores exigem a publicação de um diploma negociado
em 1996 entre a Federação da Função Pública e o Ministério
da Saúde que consagra a reestruturação das carreiras.
De referir por último que a Federação Intersindical da
Metalurgia, Minas, Química, Farmacêutica, Petroleo e Gás
convocou uma greve nas empresas do Grupo GDP - Gás de Portugal,
para os próximos dias 17 e 18 de Março.