Açores
Agir
para a mudança
O Conselho Regional do PCP nos Açores aprovou uma Resolução que perspectiva a actividade para o ano corrente e aponta os grandes desafios que a Região tem de enfrentar nos próximos tempos.
Uma das questões analisadas pelo
Conselho Regional, na sua reunião de 13 de Março, diz respeito
à justiça remuneratória que, em sua opinião, tem de ser
encarada como uma das grandes prioridades de 1999 e deve incluir
nas medidas a tomar os reformados e pensionistas.
As negociações da Agenda 2000 e a reforma da PAC são outras
questões com as quais o PCP/Açores se preocupa, recusando,
designadamente no que respeita à ultraperiferia e à União
Europeia, qualquer posição «conformada e seguidista» do
Governo Regional e do Governo da República perante imposições
dos países mais fortes. E, tendo em conta a gravidade da
situação, propõe que o Governo Regional faculte aos partidos
toda a informação disponível e que a Assembleia Legislativa
acompanhe os processos negociais em curso.
Quanto à recuperação das calamidades e reconstrução, o
Conselho Regional do PCP chama a atenção para a necessidade de
o Decreto Legislativo de enquadramento dos apoios ser
correctamente interpretado, defendendo o diálogo entre o Governo
Regional e os municípios das zonas sinistradas para uma melhor
articulação.
Quanto ao sistema educativo «é tratado de forma precipitada»
pela Secretaria Regional da Educação e Assuntos Sociais. Por
sua vez, a reforma do Serviço Regional de Saúde «não
corresponde ao que é necessário nem ao que é possível»,
razão por que os comunistas não a votarão favoravelmente, a
não ser que venha a sofrer profundas alterações.
Por fim, o Conselho Regional analisou as eleições para o
Parlamento Europeu e para a Assembleia da República, apontando
na sua fase de preparação duas grandes inicitivas,
respectivamente um Encontro Regional da CDU sobre o
desenvolvimento da região ultraperiférica dos Açores e um Encontro
Regional da CDU sobre as medidas dos órgãos de soberania em
relação a problemas de interesse regional.
Deputado questiona
A central térmica do Caminho da
Levada, há quarenta anos construída em Ponta Delgada, passou em
1987, com a entrada em funcionamento da Central do Caldeirão, a
ser considerada uma central de recurso.
Sendo porém uma central de recurso, trabalha longos períodos,
produzindo tremor, poluição e ruído que, segundo os moradores
da zona, ultrapassam o limite do «aceitável». Ora como a
cidade de Ponta Delgada cresceu muito, nomeadamente naquele
sentido, a Direcção Regional do Ambiente defende a posição de
que ou a Central sai do local ou saem os moradores.
Contudo, na opinião do PCP, cabe ao poder regional, como
responsável pela EDA, e à Câmara Municipal de Ponta Delgada,
como responsável pelas questões de habitação e urbanismo,
actuarem no sentido de repor a legalidade e defender os
interesses dos cidadãos, o equilíbrio urbano e a possibilidade
de uma sadia expansão da cidade.
Assim, o deputado regional do PCP, Paulo Valadão, em
requerimento ao Governo Regional, pretende, designadamente, saber
que tipo de licenciamento foi concedido para a implantação da
central da Levada naquele local; como encara o Governo a
localização daquela Central em plena zona urbana; se existe
alguma decisão sobre o eventual encerramento da central e, em
caso afirmativo, qual?