Saúde
Demagogia
impera em Sintra
Em conferência de imprensa realizada no dia 23 de Março, a Comissão Concelhia de Sintra do PCP analisou a política de saúde do PS - no Governo e na Câmara Municipal de Sintra -, denunciando a demagogia que habi tualmente este partido utiliza em períodos eleitorais.
Foi o que aconteceu
nas eleições autárquicas de 1997, quando o Governo e a
candidata à Presidência da Câmara, Edite Estrela, colocaram
uma placa num «terreno cedido pela Câmara Municipal de Sintra
para a construção de um Centro de Saúde» que, segundo rezava
o texto, iniciaria a sua construção - que duraria 12 meses - no
segundo trimestre de 1998. Porém, em Março de 1999 (deveria a
construção estar em fase de conclusão), o que se verifica é
que nada existe.
Agora, à beira de nova campanha eleitoral, o Governo vai mais
longe e promete um Hospital. Um hospital que o Orçamento do
Estado não contempla com um tostão sequer e para cuja
construção a Presidente da Câmara de Sintra aconselha o uso
«da imaginação e do pragmatismo para encontrar os caminhos e
os interlocutores» necessários.
Entretanto, diz o PCP, é essencial um novo hospital no concelho
já que o Hospital Dr. Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra) -
projectado há cinco anos para 300.000 utentes - serve agora e
mal uma população de 600.000 pessoas.
Aliás, em relação a este hospital, os comunistas defendem que
passe a ter uma gestão pública como garantia de um efectivo
serviço público. E, prometendo tudo fazer para pressionar o
Governo a criar um novo hospital num prazo de quatro anos, como
«eleitoralisticamente prometeu», apontam ainda a construção
de várias extensões de Centros de Saúde já existentes e uma
séria de medidas que vão da colocação de médicos e
enfermeiros em falta a uma maior flexibilidade de horários ou a
serviços de apoio a lares, Centros de Dia e domiciliários.