«Sim à Paz, não
à NATO»
Um
movimento que se amplia
Amanhã, em Sacavém, no Largo 5 de Outubro, vai realizar-se uma vigília pela paz. Mais uma iniciativa contra a guerra desencadeada pela Nato no centro da Europa, organizada perlas delegações sindicais do Concelho de Loures - CGTP-IN e várias associações locais, e que se insere no fluxo de manifestações e tomadas de posição pelo fim da guerra e por uma solução política para a crise.
Uma
vigília-manifestação contra a intervenção militar da NATO no
Kosovo, organizada pela JCP/Algarve, juntou em Faro algumas
dezenas de pessoas, entre as quais o montenegrino Djucik,
ex-jogador de futebol do Farense.
Empunhando faixas onde apelavam à «Paz para o Kosovo» e
algumas bandeiras da Jugoslávia, os manifestantes exigiram a
retirada de Portugal da forca militar da NATO e defenderam a
extinção da Aliança Atlantica.
«Sim à paz, não à NATO», «Portugal fora da guerra» e «Os
fogos não se apagam com gasolina/Cooperação entre os povos do
mundo», foram algumas das palavras de ordem proferidas pelos
manifestantes.
Durante a vigília uma delegação de manifestantes entregou ao
governador civil de Faro uma carta em que é exigida o fim da
participação portuguesa na forca militar da NATO, o fim da
agressão militar e a extinção da Aliança Atlântica.
Dia 22, numa concentração realizada em Aveiro, os participantes
aprovaram uma resolução em que expressam «a sua total
oposição à agressão armada contra o povo da Jugoslávia».
Na resolução, enviada ao Presidente da República, à
Assembleia da República e ao Primeiro Ministro, exige-se a
pronta intervenção da ONU em Timor para pôr fim aos massacres,
o fim imediato e incondicional das operações militares contra a
Jugoslávia, o empenhamento da comunidade internacional na busca
de uma solução política e a retirada imediata de Portugal das
operações da Nato.
Dia 30, a Assembleia de Párocos da Cidade do Porto vai efectuar
uma «Caminhada pela Paz», contra a «guerra e opressão» nos
Balcãs, Timor-Leste e Angola.
A manifestação, denominada «Silêncio e Luz», para a qual
foram convocados todos os habitantes da cidade do Porto «que
acreditam na paz», tem como intuito apelar para a «fraternidade
multicultural e religiosa».
A iniciativa conta também com a adesão do Conselho Nacional
Eclesiástico da região do Porto, da Pastoral Universitária e
dos Cursos da Cristandade.
O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Celulose, Papel,
Gráfica e Imprensa, reafirmou a sua condenação do ataque
militar da NATO à Jugoslávia, denunciando que este ataque, «ao
contrário dos objectivos anunciados, só agravou os problemas
humanos, étnicos, sociais e políticos naquela região da
Europa».
Em Guimarães, a CDU apresentou uma Moção, reprovada na
Assembleia Municipal pelos votos contra da maioria absoluta PS,
em que se apela «a todas as partes envolvidas para que, sob os
auspícios da Organização das Nações Unidas, seja encontrada
uma solução pacífica para esta guerra».