Projecto
imobiliário da Margueira
Município
e populações têm de ser ouvidos
A Direcção da Organização Regional de Setúbal e a Comissão Concelhia de Almada do PCP estão em desacordo com o projecto imobiliário conhecido para a «reconversão urbana do Estaleiro da Margueira», mandado elaborar pelo Fundo de Investimento Margueira Capital, uma sociedade anónima que «não tem quaisquer competências legais» para decidir sobre matérias de ordenamento do território e definição do uso do solo.
Quando em 1996 o
Governo PS retirou a área da Lisnave do PDM (Plano Director
Municipal), o PCP manifestou a sua oposição a esta decisão,
por violar uma competência municipal ao nível do Ordenamento do
Território e do Planeamento urbanístico, e a Câmara de Almada
interpôs um recurso ao Supremo Tribunal Administrativo, ainda a
decorrer.
Com base nestes mesmos pressupostos, os comunistas exigem o
respeito pelas competências municipais ilegalmente retiradas,
afirmando que não aceitarão a concretização de qualquer
projecto que marginalize a população de Almada e os seus
órgãos autárquicos sobre o futuro dos 49 hectares de terreno
onde se encontra o Estaleiro da Lisnave, «sob pena de não ser
salvaguardada a continuação do desenvolvimento equilibrado e
integrado» do concelho.»
Ao mesmo tempo, a DORS manifesta o seu total apoio às opiniões
expressas pela Câmara Municipal de Almada, no sentido da
elaboração de «um estudo global e profundo, que perspective
uma estratégia para o reequilíbrio da base económica do
concelho, após a desactivação do Estaleiro da Lisnave».