Grécia na corrida aos armamentos
O governo grego vai despender cerca de 5.000 milhões de dólares, nos próximos dez anos, na compra de mais de 50 caças-bombardeiros F-16 aos EUA, 15 aviões Mirage 2000-5 de fabrico francês, e 60 a 90 aviões do programa "Eurofighter".
A decisão foi
anunciada sexta-feira passada pelo primeiro-ministro grego,
Costas Simitis, no âmbito do programa de renovação do sistema
de defesa da Grécia, divulgado durante uma reunião do Conselho
de Defesa e dos Negócios Estrangeiros.
«Entre 70 a 80 por cento dos aviões do "Eurofighter"
serão co-fabricados na Grécia», precisou o primeiro-ministro
grego, confirmando assim a adesão do país àquele programa em
que participam a Espanha, Itália, Grã-Bretanha e Alemanha a
partir do ano 2005.
Diversos analistas consideram que o moderno
"Eurofighter" constituirá um elemento de vantagem
sobre a Turquia, que não dispõe deste avião, o que dará
supremacia aérea a Atenas sobre Ancara.
Segundo a Lusa, Costas Simitis afirmou que o contrato para a
compra dos F-16 à empresa norte-americana Lockeed Martin será
acompanhado por «importantes compensações». Estas encomendas
vão «permitir desenvolver a industria de armamento do país»,
sublinhou Simitis, acrescentando que «com estas decisões,
asseguramos que a longo prazo as forças armadas serão tão
fortes que ninguém jamais ter coragem de atacar o nosso país».