Droga e Toxicodependência
Uma delegação da CDU, constituída pelo secretário-geral do PCP, Carlos Carvalhas, pela cabeça de lista ao Parlamento Europeu, Ilda Figueiredo, e pelo deputado António Filipe, encontrou-se, na quinta-feira passada, com o Observatório Europeu para a Droga e a Toxicodependência, com o objectivo de tomar conhecimento da actividade deste organismo – o único da União Europeia sediado em Portugal.
No final do encontro, que se inseriu no trabalho que a CDU tem feito e
vai intensificar no PE, Ilda Figueiredo, preocupada com a dimensão do flagelo da
toxicodependência - que atinge em Portugal centenas de milhares de famílias -, defendeu
a aplicação de «medidas reais no campo da prevenção, do tratamento e da reinserção
e de combate ao branqueamento de capitais».
Segundo a candidata da CDU, a situação exige não só medidas de prevenção dirigidas
à melhoria da vida das famílias, a existência de empregos, à participação dos
jovens, à melhoria da vida escolar como um serviço público de tratamento que garanta a
recuperação e reinserção na sociedade e aumente e descentralize os serviços de
atendimento e as comunidades terapêuticas.
Assim, a CDU propõe-se intervir para reforçar os programas comunitários com estes
objectivos e para que «os toxicodependentes deixem de ser considerados como criminosos e
sejam tratados como doentes que são».
Ilda Figueiredo salienta ainda que a CDU vai fazer novas propostas para o reforço da
cooperação entre países da União Europeia, «nomeadamente em matéria de segredo
bancário e de confiscação dos patrimónios de origem criminosa, para um eficaz combate
ao tráfico de drogas, ao branqueamento de capitais e às mafias que actuam impunemente,
acumulando fortunas colossais à custa da dependência e do sofrimento de milhões de
pessoas».
