SantoTirso
Trabalhadores e empregadores do sector têxtil e de vestuário de Santo Tirso «estão em sintonia» no que respeita ao trabalho realizado pelos deputados do PCP no Parlamento Europeu, conclui o Gabinete de Imprensa da DORP, em nota à comunicação social sobre a visita do eurodeputado Honório Novo e de uma delegação do PCP a diversas empresas do concelho.
A mesma sintonia verifica-se também relativamente às orientações e
propostas defendidas pelo PCP para a próxima legislatura do PE, designadamente no que
respeita à necessidade de inflectir o actual processo de globalização e de
liberalização do comércio mundial, para garantir «a aceitação de regras sociais e
ambientais mínimas» e, logo, «uma concorrência desenvolvida em bases leais».
A propósito desta questão, e tendo em conta a «nova ronda negocial da OMC», foi
salientada a importância das eleições de 13 de Junho e a garantia que dão, à partida,
os deputados eleitos pela CDU, apontando-se, ainda a necessidade de o Governo português,
nestas negociações, impor tais regras aos seus parceiros da UE.
Outra necessidade referida foi a de o próximo Quadro Comunitário de Apoio ter em
atenção as necessidades das empresas, de forma a assegurar a capacidade produtiva
portuguesa e as condições para uma plena modernização do sector têxtil e do
Vestuário em Portugal.
A delegação, que manteve reuniões com a Federação Têxtil e o Sindicato Têxtil de
Santo Tirso, com administrações e trabalhadores das empresas Arcotêxtil e Baiona e
ainda com os trabalhadores da Cortel, do sector de vestuário, foi acolhida em todo o lado
com manifestações de simpatia por parte trabalhadores que reconhecem o trabalho do PCP e
o seu papel na luta pela fixação do horário semanal de 40 horas semanais.
«Cumprimos a nossa promessa ao contrário do PS, cujo governo tentou impedir a redução
do horário de trabalho e a inclusão das pausas nas 40 horas de trabalho», considerou
Honório Novo, advertindo para as manobras eleitoralistas do Governo que, tendo recusado
incluir as pausas no horário de trabalho, vem «em vésperas de eleições prometer
legislar para dar satisfação às pretensões dos trabalhadores, mas... só depois das
eleições de Outubro».