Saneamento
de águas
PCP/Algarve
defende
Empresas Intermunicipais
A Direcção da Organização Regional do Algarve do
PCP opõe-se a soluções que visem a total privatização dos
serviços de abastecimento de água, saneamento de águas
residuais (esgotos) e tratamento de lixos.
O PCP considera que
uma tal solução, obedecendo a uma lógica de «socializar os
prejuízos e privatizar os lucros», não só degradaria a
qualidade dos serviços prestados, como acarretaria maiores
encargos para a população.
Esta posição do PCP surge na sequência do debate promovido
pela Associação de Municípios do Algarve nas Câmaras e
Assembleia Municipais, realizado na base de três propostas
alternativas à criação de empresas para gestão em baixa dos
sectores.
Aliás, qualquer solução no sentido da privatização, passaria
obrigatoriamente por um concurso internacional, com o risco de
tais empresas «ficarem na mão e nos critérios de gestão
ditados pelos leoninos interesses de multinacionais cujos
objectivos não serão certamente os de atender a critérios de
natureza social».
Os comunistas, para quem sempre foi essencial «preservar a
natureza pública destes serviços, consideram, assim, como
melhor solução a constituição de Empresas Intermunicipais de
maioria de capitais públicos que garantiria a participação
maioritária das autarquias e uma melhor defesa do interesse
público, a possibilidade de beneficiar do contributo de empresas
públicas, como a EPAL e o IPE, e de crédito facilitado e acesso
ao III Quadro Comunitário de Apoio, proporcionando ainda a
articulação entre os sistemas em Alta e em Baixa.
Contudo, diz o PCP, importa fazer «uma análise cuidada aos
custos e encargos» de cada Câmara com a gestão dos sistemas em
Baixa, designadamente em pessoal, manutenção e renovação de
redes, e «avaliar as consequências socio-laborais» resultantes
da mudança de sistema de gestão, para o que «é necessário
ouvir o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local».