Estrutura
do PS
a despedir na Telecom
Há quadros do PS que «executam, sem pestanejar, a estratégia delineada pela administração (DGR/DRH) para a redução de efectivos» na Portugal Telecom, denunciou a Comissão de Trabalhadores da PT.
Ao anunciar que ia
exigir do conselho de administração a suspensão dos contactos
para rescisões, nomeadamente com trabalhadores que têm por
habilitações literárias a 4.ª classe, a CT sublinha que a
aposentação antecipada, a pré-reforma, a suspensão do
contrato ou a rescisão devem resultar de um processo «sempre
voluntário» e sem «a chantagem, o medo, a pressão emocional e
psicológica que a administração, encapotadamente, está a
usar».
«A pressa é tanta, que a administração/Governo envolveu a
estrutura interna do PS (chefias e outros quadros) no convite aos
trabalhadores para aceitarem as condições propostas», afirma a
CT, considerando que o envolvimento de tais quadros, muitos com
posições de chefia, «em nada difere» do processo usado por
Luís Todo Bom e pelo PSD, em 1995.
A CT critica também a «mesquinhez chocante» de alguns
representantes dos trabalhadores que, «limitam-se a ser os
porta-vozes da gestão», numa atitude que «só pode encontrar
justificação na dependência total dos interesses dos seus
"amigos" na administração».