Despenalização
do aborto
Um ano
após o referendo que balanço?
A campanha do referendo em torno da despenalização da IVG até às 10 semanas, foi palco de promessas e considerações sobre a necessidade de medidas concretas de acesso ao planeamento familiar e à educação sexual nas escolas. Um ano volvido, o que é que mudou?
Este um dos
objectivos do fórum 1 ano após o referendo; que balanço?,
que irá decorrer, no próximo sábado, no ISCTE, em Lisboa.
Organizado pela Plataforma Direito de Optar, com o apoio
do Pelouro da Cultura e da Acção Social da Câmara Municipal de
Lisboa, o fórum visa ainda continuar o debate sobre o aborto
clandestino e inseguro, «de forma a que se entenda de uma vez
por todas, que este problema tem a ver com a vida de milhares de
mulheres e não pode ficar relegado como último ponto das
agendas políticas portuguesas».
Os trabalhos desdobram-se em três painéis.
O primeiro painel tem como tema Situação actual do
planeamento familiar e educação sexual e conta com as
comunicações de Almerinda Bento Inquérito às escolas e
seus resultados, Joana Lucas e Inês Zuber Situação
vista pelos jovens, Irene Santos Silva Discriminações
por motivo de gravidez, Manuela Tavares Plano
Interministerial: avaliação e Odete Santos Iniciativas
Parlamentares.
A lei que temos e as situações não abrangidas pela lei,
é o tema do segundo painel, que conta com comunicações de
Álvaro Carvalho Conceitos de Saúde Mental: a IVG por
questões de ordem psicológica, Duarte Vilar Estudo da
situação nos hospitais, de uma técnica da APF sobre Linhas
de Atendimento e Aspectos jurídicos por Eduarda Maia Costa.
O último painel aborda a questão da IVG legal noutros
países e conta com intervenções de Evert Ketting Perspectiva
comparada ao nível internacional, Yolanda Hernandez Estudo
das mulheres portuguesas que abortam em Espanha e Philippe
Bertaud Uma experiência francesa de aborto legal.