Passeio das
mulheres CDU do Porto
Conviver
também é lutar
Pela décima vez o passeio das Mulheres CDU do Porto fez-se a caminho neste último Domingo, em vinte camionetas, este ano com destino a Arcos de Valdevez. O sol já brilhava na chegada à margem da Ínsua do rio Vez, onde rapidamente se espalharam mantas e farnéis. O convívio e a alegria animaram ainda mais a tarde e houve tempo para o passeio junto ao rio, a realização de jogos tradicionais que contaram com a participação entusiasta de centenas de pessoas, para bailar ao som da música popular e também para alguma intervenção política.
Amália Andrade, uma
das organizadoras começou por pôr em quadras a sua ideia sobre
esta iniciativa: "Vale a pena conviver/nos sítios lindos do
povo/mil outros fazer nascer/num país que queremos novo".
Marisa Azevedo, da direcção da organização da cidade, lembrou
que no Porto as mulheres podem continuar a contar com a CDU na
defesa dos seus interesses e aspirações e para resolver os
problemas locais. Na Câmara Municipal do Porto, lembrou, a
função de Ilda Figueiredo é agora desempenhada, com a mesma
dedicação e empenho, pelo camarada Rui Sá.
Por último falou o convidado desta festa: João Amaral, deputado
do PCP eleito pelo círculo do Porto, que saudou o trabalho e o
esforço da Comissão de Mulheres. Dirigindo-se às mais de
mil pessoas envolvidas na iniciativa, muitas comunistas, mas
também a outras que votam noutros partidos, designadamente
no PS, caracterizou a CDU como a força que "quer fazer da
política uma festa, um ponto de encontro". "Nós
mostramos o que somos. Uma força autêntica, uma força de quem
trabalha, de gente comum, uma força que é das mulheres e dos
homens, que querem um Portugal melhor e uma vida melhor".
Falou depois da política de esquerda, que socialistas sinceros
não encontram na acção do governo PS: "uma política que
responda melhor à gente comum, às mulheres e aos homens que
precisam de casa, que precisam de escola, que precisam de centros
de saúde a funcionar bem, que precisam que os filhos tenham
emprego, que precisam que haja segurança nas ruas...". Deu
conta ainda das muitas promessas não cumpridas. "Uma era de
passar a idade de reforma das mulheres para os 62 anos, mas só o
PCP defendeu na Assembleia essa proposta, porque o PS votou
contra. E o mesmo se passou em relação às promessas de mais
saúde, de melhor Segurança Social e de melhores reformas. E se
algumas foram cumpridas foi porque contaram com a pressão e o
voto do PCP. Caso do rendimento mínimo garantido, que ainda
muito antes do PS falar nisso, foi uma proposta apresentada pelos
deputados do PCP.
João Amaral terminou, salientando que, por tudo isso, a CDU é
tão precisa na Assembleia da República. "É por isso que
quanto mais forte for a CDU, melhor são defendidos os interesses
do nosso povo. Vamos ter que lutar por uma CDU mais forte, por
mais deputados da CDU para bem do nosso povo, para bem de
Portugal".