Grã-Bretanha
Greenpeace
impede envio de carga nuclear
A Grã-Bretanha cancelou a partida do navio «Pacific Teal» com destino ao Japão, prevista para segunda-feira, devido às acções de protesto da organização ecologista Greenpeace. Em causa está o transporte de uma carga de combustível nuclear destinada a reactores nucleares.
Os ambientalistas
aproximaram-se da embarcação e insuflaram um enorme elefante
branco, de onde saíam imitações de bombas nucleares, apesar de
estarem judicialmente proibidos pelas autoridade britânicas e
francesas de se abeirarem dos navios ou de tentarem impedir os
seus movimentos.
O «Pacific Teal» regressou ao porto de Barrow, no noroeste de
Inglaterra, e a nova data de partida não será divulgada
publicamente. Está ainda prevista a viagem de um segundo navio.
«Como empresa, a Nuclear Fuels não tem qualquer problema com
protestos legais e pacíficos, mas não queríamos ver a
segurança dos tripulantes, dos barcos de escolta ou do público
ameaçada por algum golpe publicitário», afirmaram numa nota à
imprensa os responsáveis pelo transporte da carga.
Fontes do Greenpeace dizem que estavam presentes 50 polícias
munidos de bombas de gás lacrimogéneo e que o seu barco foi
intimidado por uma fragata da Marinha britânica.
Segundo o organização ecologista, a carga das duas
embarcações é suficiente para a produção de 60 bombas
nucleares e supera a capacidade do programa nuclear da Índia.
O Grupo de Pesquisa de Oxford adiantou que os navios não estão
adequadamente armados contra terroristas ou agentes de qualquer
país considerado hostil. Cada um está equipado com três
canhões e um barco armado de alta velocidade. A Nuclear Fuels
afirma que o plutónio não corre qualquer risco e salienta que o
esquema de segurança está de acordo com um pacto nuclear entre
os Estados Unidos e o Japão.