Um vasto programa divulgado à comunicação social
Não há Festa como esta!

Nesta 23.ª edição, que comemora este ano o 25.º aniversário do 25 de Abril, a Festa do «Avante!» «continuará a oferecer a milhares de visitantes um espaço de liberdade, convívio, amizade, cultura e intervenção». Com estas palavras, o camarada Fernando Vicente, do Comité Central e da Direcção da Festa, iniciou a apresentação à comunicação social do que vai acontecer na Atalaia nos dias 3, 4 e 5 de Setembro. Na conferência de imprensa, realizada anteontem na sede central do Partido, participaram outros dois membros da Direcção da Festa - os camaradas Ruben de Carvalho, do Comité Central, e José Fidalgo.

Fernando Vicente fez notar as melhorias que se constroem no terreno - desde os relvados às infraesturas, visando dar mais comodidade aos visitantes que, este ano, vão contar com maior facilidade no acesso à Atalaia, com o comboio para a margem Sul já a funcionar. Num local cada vez mais aprazível, a 23.ª edição da Festa do «Avante!» vai abrir às 19 horas de Sexta-feira, dia 3 de Setembro, com a intervenção do secretário geral do Partido, Carlos Carvalhas.
Festa de cultura e de convívio, aberta a todos, trata-se de uma iniciativa marcadamente política e, como todos os anos, o seu ponto culminante será o comício, que terá lugar no Domingo, às 18 horas. Intervirão Carlos Carvalhas, o director do «Avante!», José Casanova, e um membro da Direcção Nacional da Juventude Comunista Portuguesa.
Momento alto da afirmação das propostas do PCP e da CDU para as legislativas, o comício não é o único lugar e tempo para a sua abordagem. No Pavilhão Central, uma série de debates vão realizar-se. São eles - 25 de Abril - 25 anos depois; Eleições para a Assembleia da República; Guerra e Paz - a discussão actual; O que é ser comunista hoje. Os debates desenrolar-se-ão ainda noutras zonas da Festa - como no Espaço Internacional, no Café Concerto da JCP, no Café Concerto de Lisboa, na Exposição de Setúbal, e no Alentejo e nos espaços de outras Organizações Regionais.
As questões da guerra e da luta pela paz vão estar em debate no Espaço Internacional, nomeadamente com os temas «A agressão da NATO e os media» e «A NATO e as despesas sociais». Neste espaço está ainda prevista uma iniciativa de solidariedade com o povo de Timor.
Confirmadas até ao momento estão já numerosas presenças de delegações estrangeiras, que virão da Alemanha, Angola, Bélgica, Bolívia, Brasil, Cabo Verde, China, Chipre, Colômbia, Coreia, Cuba, Curdistão, Espanha, França, Grã-Bretanha, Iraque, Itália, Líbano, Moçambique, Marrocos, Palestina, Peru, Sudão e Timor Leste.

O Pavilhão Central é como sempre o lugar privilegiado para a realização de iniciativas político-culturais. É aqui que se realizam as mais significativas exposições. Este ano, Eduardo Gageiro mostra 25 Fotografias do 25 de Abril, acompanhadas de textos de 25 escritores e poetas portugueses que dão a palavra às imagens dos principais momentos do período revolucionário.
A Revolução é ainda tema de uma exposição de uma centena de cartazes que encheram as ruas entre o 25 de Abril de 74 e o 25 de Abril de 76.
Os últimos 25 anos são recordados através de 100 primeiras páginas do «Avante!» e de «O Militante».
A intervenção política do PCP, a luta contra a política de direita do Governo PS, as propostas do Partido para a próxima legislatura e o balanço da actividade do grupo parlamentar comunista são temas de outra exposição. O Pavilhão Central é ainda lugar de encontro entre os visitantes da Festa e o escritor José Saramago, Prémio Nobel da Literatura.
A XI Bienal de Artes Plásticas que este ano tem lugar, vai contemplar diferentes modalidades, técnicas e expressões estéticas das artes plásticas e abrangerá ainda as áreas da arquitectura e do design. Foram revelados já alguns dos nomes dos artistas convidados que confirmaram a sua participação. São eles António Bronze, Paula Bacelar, Acácio Carvalho, Alfredo Barro, Isabel Sá, João Duarte, Eduardo Lima Teixeira, Fátima Neves, Eurico Gonçalves, Ivone Ralha, Helena Elias e o Atelier Ideia Ilimitada.
No espaço da Bienal haverá uma exposição de obras de Jorge Vieira, homenagem ao escultor resistente recentemente falecido.
Estará exposto, desta vez no Pavilhão Central, o painel que o pintor moçambicano Malangatana ofereceu ao PCP e que oportunamente o nosso jornal noticiou.
E a Ciência não foi esquecida. Será possível ver na Festa um espaço interactivo que pretende despertar a curiosidade para a exploração científica de fenómenos de luz, som e electricidade, bem como de comportamento de materiais.

Do variado e já tradicional programa desportivo, o destaque vai para a realização da 12.ª Corrida da Festa, que terá lugar no Domingo, 5 de Setembro, e em que participarão mais de mil atletas de todos os escalões etários.
O resto é uma profusão de torneios e exibições desportivas - futebol, basquetebol, ginástica, aeróbica, artes marciais, tiro com chumbo, xadrez, damas, triatlo, chinquilho e outras modalidades tradicionais.
Realiza-se ainda um sarau de ginástica e também danças desportivas de salão, que contam com a participação da Sociedade dos Alunos de Apolo.
A área dos desportos radicais não foi esquecida e marcarão presença na Festa o Slide e a Parede de Escalar. No Domingo haverá uma demonstração de pára-quedismo.
De destacar, marcada para o dia 22 de Agosto, uma das muitas iniciativas desportivas que se realizam antes da Festa - a prova de cicloturismo.

«Avante!» Nº 1339 - 29.Julho.1999