O trabalho é uma festa!
...e é mesmo. Quem corre por gosto não cansa e, para os momentos de fadiga, há sempre a compensação do convívio a preencher as pausas.
Há muitos que sabem disto e há anos que guardam dias das
férias ou fins de semana no Verão para não faltarem na Atalaia
às tarefas de construção da Festa. Mas há também os que vão
pela primeira vez ajudar a construí-la. E têm a surpresa de
conhecerem o belo terreno da Atalaia, com a Tejo em frente e
Lisboa do outro lado, de verem a Festa crescer, semana a semana.
Chegam geralmente em grupos. Inscrevem-se de manhã, cedinho,
para as tarefas que vão sendo destinadas. Ainda se arranja tempo
para um café ou mesmo para o pequeno almoço. E depois novos
grupos se formam para atacar as várias frentes de trabalho.
Horas de almoço - o refeitório já o tem preparado. Mas há
quem leve farnel e escolha uma boa sombra. E há também os
camaradas e os amigos que cumprem a tradição saborosa de
confeccionarem refeições. Eleva-se no ar o fumo das braseiras e
o cheiro das sardinhas ou das febras.
No passado Domingo
tornámos à Atalaia e soubemos que já no dia anterior lá
estivera muita gente a trabalhar. Almoçámos com um grupo de
camaradas e amigos que a Organização de Azeitão (Setúbal) do
PCP levou ao terreno. Perto de nós um outro numeroso grupo viera
de Almada.
A paisagem vai-se modificando à medida que finda Julho e Agosto
aí vem. Já muitas estruturas se erguem, mas a relva bem
tratada, a prometer mais frescura nos três dias de Setembro é
ainda o que chama mais a atenção do visitante. O terreno está
melhor e uma cuidada atenção dos diferentes pisos deixa esperar
maior facilidade nas longas caminhadas que todos fazemos porque
não queremos perder pitada do que se vai passar na Festa.
Mas há ainda muito trabalho a fazer.
Que tal programar desde já uma ajuda no próximo fim de semana?
«Avante!» Nº 1339 -
29.Julho.1999