França
veta
operação bancária
O Comité de Entidades de Crédito e Investimentos (CECEI) anunciou no sábado «não autorizar» o Banco Nacional de Paris (BNP) a manter «uma participação que representa 31,8 por cento dos direitos de voto» da «Société Général» (SG).
O BNP tinha
conseguido uma participação de 37,15 por cento do capital (31,8
por cento dos direitos de voto) na Société Générale através
de uma oferta hostil de aquisição lançada em Março. As
autoridades bancárias francesas põem assim termo a seis meses
de uma «batalha» bancária, devolvendo à SG a sua
independência e frustrando o projecto do BNP de uma fusão a
três (juntamente com o «Paribas») para criar o maior banco
europeu em activos.
O BNP conseguiu mais de 65 por cento do Paribas, o maior banco
francês de negócios, mas obteve apenas 37,15 por cento da
Société Générale, o que deixou a última palavra às
autoridades bancárias francesas.
O CECEI «constatou» que, segundo os resultados da oferta, o BNP
não tem «o poder de controlo efectivo» da SG, pelo que não
pode apresentar uma «solução industrial clara e concertada».
A decisão agradou aos funcionários da SG que na sexta-feira em
Paris e outras importantes cidades francesas se manifestaram
apelando para o veto da tomada de controlo da instituição pelo
BNP porque, na sua opinião, teria reflexos negativos sobre o
emprego.