Contra
despedimentos
no grupo Siemens
Dezenas de sindicalistas e outros trabalhadores das várias fábricas da Siemens em Portugal, concentrados dia 29 de Setembro junto à sede do grupo, em Alfragide, acusaram a multinacional de querer despedir centenas de operários, devido à transferência de actividades para outros países. A concentração teve lugar em dia de greve nas fábricas de Corroios, Casal do Marco, Sabugo e Évora.
Isabel Magro, que
trabalha na unidade de Corroios há 28 anos, disse à Agência
Lusa que «está parada há dois meses», «recebemos ordens para
fazer "crochet", porque dizem que não há trabalho
para nós».
Carlos José Ribeiro, do Sindicato das Indústrias Eléctricas do
Sul e Ilhas, acusou a multinacional de estar a diminuir a
actividade e a desinvestir em Portugal. «Perante o anúncio de
que a fábrica de Évora foi vendida a uma unidade americana, os
1100 trabalhadores não sabem o que lhes vai acontecer», disse,
notando que tal notícia veio agravar a instabilidade dos cerca
de 3 mil trabalhadores das várias fábricas. No Casal do Marco,
a falada deslocalização para a Lituânia pode pôr em causa 700
postos de trabalho.