Mundo do trabalho
e numerosas personalidades
manifestam apoio à CDU


Milhares de trabalhadores, as suas estruturas sindicais e órgãos representativos nos mais diversos sectores de actividade têm declarado publicamente o seu apoio à CDU e apelado ao voto na Coligação – a única força que tem estado inequivocamente ao lado de quem trabalha.

Sob o lema «Reforçar e renovar o Serviço Nacional de Saúde» 200 profissionais da Sáude subscrevem um documento de apoio em recordam as posições e propostas do PCP (nomeadamente a lei quadro do financiamento do SNS; o programa especial de acesso aos cuidados de saúde; a administração e gestão democrática dos centros de saúde, hospitais e sistemas locais). Por isso, afirmam «o voto na CDU é um efectivo e seguro contributo para o reforço e renovação dos Serviço Nacional de Saúde».
Por seu lado, o Sector da Função Pública da ORL do PCP, apelando ao voto na Coligação, recusam a política de privatização das funções sociais do Estado e defendem «a estabilidade de emprego, o direito a salários dignos, indispensáveis à dignificação dos trabalhadores e à melhoria dos serviços prestados pela administração pública à população».
O manifesto dos Bancários, subscrito por mais de 400 trabalhadores, chama a atenção para a degradação das relações de trabalho no sector – o mais rentável e forte da nossa economia – e para o ilegítimo poder que o capital funanceiro vem exercendo sobre o poder político e a comunicação social. O texto conclui que «no plano político há uma força, uma bandeira que não se submete ao grande capital e não transige na defesa dos trabalhadores – essa força é a CDU».
A acção dos deputados eleitos pela CDU foi decisiva para impedir a aprovação dos projectos sobre a redução das férias; a diminuição do salário e a liberalização dos prémios; a passagem do limite dos contratos a prazo de 3 para 4 anos e a destruição dos sistemas de segurança social. Mas foi com o seu voto que foram aprovados a redução do horário de trabalho; a confirmação das pausas como tempo de trabalho; o rendimento mínimo garantido; a redução do IRS para mais de 700 mil trabalhadores – razões fortes para votar na CDU, segundo um apelo subscrito por cerca de uma centena de dirigentes sindicais do sector Metalúrgico.
Na Hotelaria, meia centena trabalhadores, dirigente e delegados sindicais do sector, declaram o seu apoio à CDU, frisando que «são os únicos deputados que prestam contas ao povo do seu trabalho na Assembleia da República», e que com apenas 15 deputados (5,6% do total da Assembleia) foram responsáveis por cerca de 27% das iniciativas parlamentares e por 32% dos projectos de lei apresentados».

Parar a ofensiva
antilaboral

Na Portugal Telecom, duas centenas de trabalhadores assinaram um manifesto de apoio à Coligação. Os trabalhadores em estruturas sindicais associaram-se igualmente a esta onda de apoio com um documento que recolheu 280 assinaturas.
Dirigentes e activistas sindicais e membros de CT’s do sector Têxtil, Vestuário e Calçado apelaram ao voto na Coligação como forma de se «criarem condições políticas para a melhoria das condições de vida e de trabalho».
Em circulação, no sector dos Transportes, tem estado um abaixo assinado, subscrito por mais de oitenta trabalhadores da Carris; Metropolitano; Taxis; ANA-SA; NAV-EP; CP; TAP; Rodoviária Lisboa; Lisboa Transportes; VIMECA e STAGECOACH. O texto considera que em resultado da política do PS, tem-se aprofundado e acelerado «a ofensiva contra os direitos dos trabalhadores», ao mesmo tempo que se põe em causa o interesse nacional e prejudica os utentes dos transportes.
Exigindo uma «mudança real na vida nacional», os trabalhadores da EPAL lançaram um abaixo-assinado de apoio à CDU, frisando que o Governo PS prosseguiu a política de privatizações de áreas estratégicas da economia, nomeadamente na energia, água e telecomunicações. O texto recorda que em consequência desta política, «em certas área de actividade coexistem trabalhadores com idênticas funções mas com estatutos e remunerações e direitos sociais diferentes». Entre os atingidos estão já trabalhadores dos serviços administrativos, quadros técnicos e mesmo certas categorias de quadros superiores.
Também no Grupo EDP, um abaixo-assinado com cerca de 50 subscritores apela ao voto na Coligação, afirmando que «os trabalhadores não podem desperdiçar a oportunidade para penalizarem a política de direita dos sucessivos governos e continuada pelo actual Governo PS». Com o mesmo objectivo, foi divulgado um documento nos Correios assinado por que 70 trabalhadores.
O manifesto do sector do Comércio, Escritórios e Serviços, que conta com o apoio de 50 trabalhadores, chama a atenção para nove propostas da CDU para uma vida melhor, sublinhando que a composição do próximo parlamento determinará o sentido das políticas que vigorarão nos próximos anos.
Os trabalhadores do Sector Químico e Farmacêutico apresentam um conjunto de «fortes razões» votar na CDU: o combate ao pacote laboral; a melhoria da vida; a intervenção dos deputados nesta legislatura; o avanço de outras propostas e reivindicações laborais. Este documento foi subscrito por 56 dirigentes e sindicais da CGTP-IN, FEQUIMETAL e SINQUIFA.
Um conjunto de dirigentes sindicais no sector da Construção Civil, Madeiras e Mármores declarou igualmente o seu apoio à CDU, considerando que o PS tem governado contra os trabalhadores. O texto faz especial alusão ao aumento do trabalho precário e dos acidentes mortais de trabalho.

Por uma política
de esquerda

Nas empresas dos concelhos de Azambuja e Alenquer foram recolhidas 70 assinaturas; em Loures e Odivelas, 75 trabalhadores subscreveram um manifesto, em que consideram o voto como uma forma de luta contra a política de direita e neoliberal e expressam seu apoio à CDU.
O Sector de Empresas de Vila Franca de Xira divulgou um manifesto dirigido aos trabalhadores das empresas do concelho em que salienta que «o balanço de quatro anos de Governo PS foi extremamente pobre, nenhum do grandes problemas se resolveu e em alguns casos agravaram-se», dando como exemplos a Educação, Saúde, Segurança Social.
Em Cascais, duas dezenas de dirigentes, delegados e membros das CT´s das empresas subscrevem um documento que incita os trabalhadores do concelho a votar na CDU, destacando «dez medidas urgentes» que a Coligação se propõe realizar na próxima legislatura, entre elas a elevação do salário mínimo nacional para 75 mil escudos. A mesma preocupação é patente no manifesto do Sector de Empresas do Concelho de Oeiras.
No concelho da Amadora, cerca de meia centena de trabalhadores de vários sectores declararam o seu apoio à CDU, sublinhando que «é urgente pôr cobro à política de direita e abrir novas perspectivas a uma política de esquerda que sirva os trabalhadores e o País».
Em Torres Vedras, cerca de quatro dezenas de trabalhadores apelam ao voto na CDU, considerando que se trata de «usar o nosso voto por melhores salários e empregos, por melhores condições, segurança e higiene no trabalho», sendo para isso «indispensável e decisivo», o reforço da expressão eleitoral da Coligação.
Em Évora, um conjunto de sindicalistas de diferentes estruturas recordam que os deputados eleitos pela CDU foram os únicos que se insurgiram contra o pacote laboral e contra as privatizações e apresentaram propostas de lei para a defesa dos trabalhadores.
Em Viana do Castelo, cerca de sete dezenas de homens e mulheres sem filiação partidária mas «desejosos de contribuir para a defesa intransigente do desenvolvimento do Alto Minho» decidiram «emprestar» a sua voz à CDU por considerarem que esta é a formação que mais tem defendido os «reais interesses das gentes das abnegadas terras minhotas». A declaração é subscrita por operários, trabalhadores, médicos, advogados, engenheiros, professores, comerciantes que se assumem «como independentes de esquerda» e afirmam acreditar ainda «na esperança aberta há quatro anos com a derrota do Governo PSD», desta vez traduzida por uma grande votação na CDU.
Tivermos ainda notícia de que foram divulgados documentos semelhantes pelso trabalhadores dos Estabelecimentos Fabris das Forças Armadas; Marinha Mercante e Agências de Viagem e Transitários; Indústrias Gráficas; Sector de Empresas de Sintra; Sector de Bebidas.

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Eles apoiam a CDU

A poucos dias das eleições, cresce a confiança no projecto protagonizado pela CDU. Uma confiança que é patente no apoio diariamente expresso por centenas de trabalhadores e de personalidades de vários sectores de actividade às candidaturas da Coligação pelos diversos círculos eleitorais. Na impossibilidade de enumerar o nome de todos esses apoiantes, o «Avante!» prossegue, hoje, a divulgação de alguns (ver também página 20).

Adão Ribeiro Mendes, da Comissão Executiva da CGTP-IN e coordenador da US de Braga
Adila Alarcão, arqueóloga
Adriano Jorge Montezinho, estudante
Aguinaldo Cabral, médico
Alfredo Bacelar Alves, médico
Alfredo de Figueiredo Filipe, artista plástico
Amílcar Nunes, empresário
Ana Elisa, estudante universitária
António Azevedo Brandão, professor
António Eduardo Serraventoso, professor
António Fernandes Ferreira, médico
António Gomes, advogado
António Gonçalo, produtor de cinema
António Gonçalves, engenheiro
António Goulart de Medeiros, da Comissão Executiva da US do Algarve
António José Ganhão, presidente da CM de Benavente
António Pereira Bica, advogado
António Pereira Jorge, presidente da Junta de Freguesia de Riachos
António Rosa Dias, vereador da CM de Tomar
António Santos Pinto, treinador de basquetebol
Apolinário Reis Pereira, oficial da Marinha (reformado)
Armanda Fonseca, advogada
Artur Geraldes, médico
Carlos Ferrer, advogado
Carlos Gouveia, professor, treinador de basquetebol
Carlos Lopes, dirigente da LOC
Carlos Santos, actor
Carlos Tavares da Silva, arqueólogo
Carlos Tomé, vereador da CM de Torres Novas
Catarina Oliveira, médica investigadora
Colette Vilatte, artista plástica
Cristóvão Aguiar, escritor
Dulce Rebelo, investigadora, dirigente do MDM
Ermelinda Júlia, médica pediatra
Feliciano David, engenheiro
Felisberto Lemos, livreiro
Fernanda Montemor, actriz
Fernando Sousa Caeiros, presidente da CM de Castro Verde
Florival Lança, metalúrgico, da Comissão Executiva da CGTP-IN
Gil Moreira, arquitecto
Gonçalves Preto, dramaturgo
Gualdino Pereira Rouxinol, comerciante
Helena Costa, sindicalista
Jaime Abel Loff, arquitecto
Jaime Carvalho, empresário
Joana Alves Dias Travessas, estudante
João César Monteiro, realizador de cinema
João Luís Madeira Lopes, advogado
João Torres Brinquete, estudante
Joaquim Benite, encenador
Jorge Fonseca, historiador
Jorge Reis, escritor
José Álvaro de Morais, realizador de cinema
José Manuel Jara, médico
José Manuel Pratas Barata, médico
José Orlando Reis, engenheiro electrotécnico
José Veiga Trigo, comerciante, ex-árbitro internacional de futebol
Juan Soutullo, artista plástico
Leonoreta Leitão, professora
Levy Baptista, advogado
Lucia Terlô, médica
Luís Azevedo, advogado
Luís Monteiro Baptista, médico
Luís Peixoto, médico
Manuel Brandão, presidente da CM de Coruche
Manuel Celestino, professor do ensino superior
Manuel Dias, escultor, professor
Manuel Neves, presidente do ABC Cineclube Lisboa
Marco Pereira, estudante
Margarida Mendo, médica
Maria Amélia Nápoles Guerra, farmacêutica
Maria Eugénia Palha Marques, médica
Maria Keil do Amaral, artista plástica
Maria Rosa Morais, professora, membro do Conselho Nacional da FENPROF
Mário Alberto, cenógrafo
Mário Fontan, instrumentista
Mário Jacques, actor
Mário João, futebolista
Nelson de Oliveira Marmelo e Silva, médico
Nuno Rilo, professor universitário
Oliveira Baptista, professor catedrático
Rogério Ribeiro, artista plástico
Romeu Cunha Reis, advogado
Rui Mendes, actor
Sandra Alves, presidente da Assembleia Municipal de Constância
Santiago Augusto Ferreira Macias, historiador, presidente da Assembleia Municipal de Moura
Sara Goulart Medeiros, estudante universitária
Serafim Nunes, economista
Sérgio Carrinho, presidente da CM da Chamusca
Sérgio Morais, atleta internacional de turbling
Susana Ruth Vasques, jornalista
Susana Teixeira, actriz
Teófilo Duarte, designer
Teresa Gafeira, actriz
Ulpiano Nascimento, economista
Vicente Batalha, vereador da CM de Santarém


«Avante!» Nº 1349 - 7.Outubro.1999