Metalúrgicos
denunciam
manobra da CIP
A Confederação da Indústria Portuguesa tentou, «nas costas dos trabalhadores, influenciar o poder político, em altura de eleições», acusou na semana passada o Sindicato dos Metalúrgicos do Norte.
A posição dos
corpos gerentes do sindicato foi tomada na sequência de
contactos da CIP com o PS, o PSD e o PP, para lhes apresentar as
propostas que a estrutura patronal «pretende ver assumidas na
próxima legislatura».
O sindicato acusa a CIP de pretender importantes alterações
legislativas, designadamente:
Para o sindicato, «propor estas alterações, significativamente prejudiciais aos trabalhadores, numa altura de eleições que terão como resultado a formação de um novo Governo, é uma forma de querer influenciar o poder político, a nível dos apoios que são procurados». No comunicado, de 6 de Outubro, comenta-se que «não é por acaso que a CIP apenas consultou 3 partidos com assento na AR, caracterizados pela sua unidade em torno de uma política económica e financeira que privilegia os detentores dos monopólios económicos».
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Schindler-Efacec
despede
A Schindler-Efacec
consumou o despedimento colectivo de três trabalhadores com 30
anos de casa, depois de ter acordado rescisões «amigáveis»
com outros 15.
Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias
Eléctricas do Norte considerou «injusta e injustificada» esta
decisão. «Dado este residual de trabalhadores, fácil seria a
Schindler-Efacec encontrar uma solução para aqueles três
trabalhadores, que passaria sempre pela sua continuidade na
empresa», considera o STIEN/CGTP-IN.
O sindicato, no documento citado pela Lusa, acusa a Schindler de
não ter cumprido a sua palavra, «enganando tudo e todos», ao
despedir estes três trabalhadores depois de ter garantido, em 28
de Maio, que a reestruturação que iria empreender não
envolveria despedimentos colectivos. «Para a Efacec contaram
mais os milhões que lucrou com o negócio da venda dos
elevadores à Schindler do que o acompanhamento social dos seus
trabalhadores que transitaram para a Schindler em resultado dessa
negociata», lê-se no comunicado.
A Schindler tem ao seu serviço, em Portugal, mais de 900
trabalhadores e a Schindler-Efacec possui mais 435, tendo esta
empresa justificado o despedimento colectivo com o facto de ter
cessado a fabricação de elevadores no País.