Objectivos
eleitorais foram alcançados
Resultados
favorecem afirmação da CDU
como grande força de esquerda
Quem são os deputados eleitos pela CDU
Apesar de encontrar-se ainda face a resultados provisórios, o secretário-geral do PCP, Carlos Carvalhas, ladeado por Manuela Cunha, do Partido Ecologista «Os Verdes», e Blasco Hugo Fernandes, da Intervenção Democrática, fez, na própria noite das eleições, uma declaração aos órgãos de comunicação social que acompanhavam junto à candidatura da CDU a habitual «maratona» dos resultados eleitorais.
A festa na Soeiro Pereira Gomes,
onde foi montada a sede da candidatura CDU, começou cedo, com a
divulgação de resultados que apontavam já para o reforço da
CDU, e atingiu o seu ponto mais alto ao anúncio da eleição de
um quinto candidato por Setúbal e de um novo deputado por Braga.
Afinal, a mesma alegria que os apoiantes da CDU manifestavam um
pouco por todo o país, com particular destaque para os concelhos
e distritos onde se verificou maior subida de votos.
Era também visível a satisfação de Carlos Carvalhas quando,
ao iniciar a sua declaração, considerando que o objectivo
central da campanha da CDU - o reforço da sua votação e do
número de deputados eleitos tinha sido atingido.
«Esse objectivo foi alcançado», afirmou Carlos
Carvalhas, já que «pela primeira vez desde há muitos anos,
a CDU aumenta a sua percentagem» e «passa para terceira
força política mais votada», elegendo 17 deputados, mais dois
do que em 1995.
De sublinhar é, ainda, em sua opinião, o facto de esse
crescimento se verificar em dois distritos ( Setúbal e Braga)
«com uma grande massa de trabalhadores, assumindo um especial
significado a eleição de um deputado pelo distrito de Braga,
facto que não se verificava desde 1991.»
Para a CDU, «trata-se de um resultado muito positivo,
tanto mais quanto se tiver em conta o quadro político em que se
realizaram as eleições e que comportava factores muito
favoráveis ao PS.» E, «representando um sinal de
inversão de tendência», trata-se, ainda, de um resultado «muito
estimulante e promissor que favorece uma dinâmica de maior
afirmação e intervenção de uma grande, coerente e influente
força de esquerda.»
A não obtenção pelo PS da maioria absoluta, em que tanto o
PS como António Guterres apostaram de forma clara e expressa, é
«um facto muito positivo para os interesses dos trabalhadores
e a vida política nacional, pelo qual a CDU também se bateu e
para o qual também contribuiu.»
O secretário-geral do PCP agradeceu ao eleitorado a confiança
manifestada com o seu voto na coligação, que permitiu aquele
resultado, garantindo «que a CDU prosseguirá, com renovado
empenho e energia, a sua luta e intervenção por uma viragem à
esquerda na política nacional e que honrará todos os
compromissos assumidos na campanha eleitoral.»
Por último, Carlos Carvalhas saudou calorosamente todos os
militantes e simpatizantes do PCP e do Partido «Os Verdes», a
Intervenção Democrática, os activistas da CDU e os milhares de
independentes «a quem se deve o dinamismo e o êxito desta
campanha e que, generosamente contribuíram para que hoje todos
possamos justamente sentirmo-nos animados, em todo o país, por
uma ainda maior confiança e certeza de que representamos uma
grande corrente de ideais e de convicções e de que somos
portadores de um projecto político com futuro, audaciosamente
voltado para ganhar um maior apoio na sociedade portuguesa.»
BEJA
António João Rodeia MachadoBRAGA
Agostinho LopesÉVORA
Lino de CarvalhoLISBOA
Carlos Carvalhas
Luís Sá
Bernardino Soares
Isabel de Castro
Fátima Amaral
António FilipePORTO
João Amaral
Honório NovoSANTARÉM
Maria Luísa MesquitaSETÚBAL
Octávio Teixeira
Odete Santos
Heloísa Apolónia
Joaquim Matias
Vicente Merendas