FNAM interpela
nova ministra da Saúde


A adequação dos salários ao novo quadro de exigências e a valorização profissional são duas das propostas da Federação Nacional dos Médicos para o novo Governo em matéria de saúde.

O Conselho Nacional da FNAM, reunido no sábado, sugeriu ao Governo e à nova ministra da Saúde – a quem, refere a Lusa, já fez chegar o seu caderno reivindicativo para o próximo triénio – algumas das medidas que considera essenciais para que a reforma da saúde se possa concretizar.
Reafirmando a importância da delimitação dos sectores, do pagamento dos salários de acordo com critérios de qualidade e quantidade, e de uma nova legislação sobre a gestão dos serviços de saúde, a FNAM chama ainda a atenção para a necessidade de se adoptarem estratégias para a implementação de programas de melhoria contínua da qualidade.
No documento que saiu do encontro, a federação defende também a regulamentação e controlo sobre a aplicação das medidas previstas na «Estratégia para o virar do século» em matéria de saúde, devendo conhecer-se publicamente os resultados da avaliação periódica.
Manifestando-se «aberta» a participar na discussão do aprofundamento das reformas de saúde, a FNAM chama a atenção para a necessidade da defesa da qualidade dos serviços públicos de saúde, bem como das escolas, incluindo a revisão das condições de acesso ao curso de Medicina e a reintegração dos licenciados. A FNAM, que foi a primeira organização sindical de médicos a entrar em acordo com Maria de Belém Roseira sobre matérias remuneratórias, considera que a política de concertação do anterior Ministério permitiu «lançar bases para uma política estruturante de saúde» e reafirmar a federação médica como «parceiro incontornável para levar a cabo a reforma da saúde».


«Avante!» Nº 1352 - 28.Outubro.1999