Práticas
discriminatórias
em universidade privada
O Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) formalizou uma queixa contra a universidade privada Vasco da Gama, por alegadas «práticas de exclusão», defendendo o seu não licenciamento pelo Ministério da Educação.
A adopção de
«práticas discriminatórias que colocam em causa direitos
fundamentais dos cidadãos» é um dos «quatro aspectos
fundamentais» que levam o sindicato, filiado na Fenprof, a fazer
a denúncia aos órgãos de soberania e outras entidades
públicas.
Em comunicado, o SPRC informa que enviou o protesto ao Presidente
da República, presidente da Assembleia da República,
primeiro-ministro, ministro da Educação, presidente do Conselho
Nacional de Educação, secretários de Estado da Administração
Educativa e do Ensino Superior e secretário-geral da UNESCO.
A organização dos professores põe em causa e «validade
científica do projecto» e insurge-se contra «a criação de
expectativas nos jovens, ao abrir as inscrições sem
autorização de licenciamento da universidade».
O SPRC denuncia o facto de os promotores da nova universidade
«terem anunciado a adopção de critérios de selecção que
consubstanciam uma prática de discriminação e de exclusão
social».
Em conferência de imprensa realizada em Coimbra, o sindicalista
Mário Nogueira sublinhou que os responsáveis por esta
universidade, «ao remeterem para segundo plano os jovens com
dificuldades de aprendizagem, problemas comportamentais, ou
outros (designadamente associados à toxicodependência), estão
a violar» vários artigos da Constituição da República
Portuguesa.