Trabalhadores
da Moda Real
em greve contra ilegalidades
Os trabalhadores da Moda Real reuniram-se sexta-feira passada com o Governador Civil de Vila Real, para o informar das violações à lei que a Administração da empresa pratica.
Desde o dia 6 de
Outubro em greve, que se traduz numa redução do horário de
trabalho imposto (trabalham menos 40 minutos por dia), os
trabalhadores da Moda Real querem ver a sua situação laboral
resolvida.
A empresa tem vindo a praticar uma série de ilegalidades,
nomeadamente a flexibilidade do horário de trabalho praticado
durante todo o ano e que não se enquadra na lei 21/96, o direito
a férias que ano após ano tem sido violado, o horário de
trabalho de 40 horas semanais que não é respeitado, pois os
empregados trabalham mais 40 minutos por dia de graça para a
entidade patronal. Não estão ainda a ser respeitadas as normas
de higiene e segurança no local de trabalho.
Cerca de 99 por cento da mão de obra da empresa é feminina, e
existem muitas mães a trabalhar, às quais foi agora exigida a
apresentação mensal de um documento comprovativo da
amamentação, enquanto a lei apenas pede um documento aquando do
nascimento da criança.
Reunidos em plenário no fim da tarde de sexta-feira, os
trabalhadores da Moda Real decidiram esperar pela visita do
Secretário de Estado da Indústria, que se desloca hoje a Vila
Real, para tentarem encontrar uma solução, mas garantem que, se
nada ficar resolvido, dia 6 vão-se manifestar parar as ruas da
cidade.
Cozinheiros em greve
Cozinheiros dos
refeitórios municipais da Câmara Municipal de Lisboa (CML) vão
estar em greve no próximo dia 7 de Dezembro.
Os cozinheiros exigem a abertura do concurso para a categoria de
cozinheiro principal - categoria criada com a revisão do regime
de carreiras, e que consta já no quadro de pessoal da Câmara
para 1999.
Esta iniciativa dos cozinheiros, que contam com o apoio do
Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa, vem na
sequência do silêncio dos responsáveis da CML às questões
colocadas por esta classe profissional.