Medidas de
justiça remuneratória
Grande
vitória dos trabalhadores açorianos
O Conselho Regional dos Açores do PCP, recentemente reunido, apreciou as medidas de justiça remuneratória aprovadas em fins de Novembro na Assembleia Legislativa Regional, definiu posição em relação a questões económicas e sociais de interesse para a Região.
«Grande vitória
dos trabalhadores açorianos», é como o PCP classifica a
aprovação pela Assembleia Legislativa Regional do Acréscimo
Regional ao Salário Mínimo Nacional (5%), da Remuneração
Complementar para os trabalhadores da Administração Regional e
Local (8500$00 para os que não têm benefício fiscal) e do
Complemento de Pensão para os reformados, pensionistas e idosos
residentes na Região (6000$00 para as pensões inferiores ao
Salário Mínimo Nacional).
Há, entretanto, que ter em conta que o conteúdo dos decretos de
lei agora aprovados - e por que o PCP luta há mais de 10 anos
é «muito melhor e muito mais justo» do que aquilo que o
Governo queria aprovar e foi possível devido ao contributo
determinante do PCP e da CDU e ao facto de o Governo do PS não
mandar sozinho na vida regional.
Segundo os comunistas, ficou ainda claro que a redução da carga
fiscal sobre os rendimentos de trabalho por si só não é
suficiente pois «deixa de fora ou compensa só simbolicamente
uma elevadíssima percentagem de trabalhadores.
Por outro lado, o Conselho Regional do PCP está preocupado com
as questões do emprego. É que, apesar de o Governo falar em
pleno emprego, sabe-se que «essa oferta é constituída por
empregos cada vez mais precários e com níveis salariais muito
degradados». O PCP propõe, por isso, «uma política económica
de crescimento global, de defesa dos sectores produtivos, de
expansão dos serviços, associada a uma política coerente de
formação profissional e a uma política correcta de
incentivos».
Quanto à questão do esgotamento das quotas de leite e a
diminuição de produção que daí resulta, o PCP propõe que na
negociação das medidas especiais de combate à ultraperiferia
seja incluída uma resolução Política sobre o alargamento da
quota a atribuir à Região.
Em relação à proposta pela Comissão Europeia de redução de
dois milhões de euros nas verbas do POSEIMA para o ano 2000, os
comunistas consideram que ela prova que a Comissão está a
tratar a questão da ultraperiferia de «forma inadequada» e
exige que a presidência portuguesa da União Europeia no
primeiro semestre do próximo ano, «aprofunde e conclua o
processo de elaboração e regulamentação das medidas
específicas previstas no Tratado da União Europeia.
Por fim, o Conselho Regional analisou a evolução da situação
política regional nos últimos três anos, definindo como
objectivo da CD a eleição de mais deputados por mais ilhas e
concluindo pela necessidade de assegurar condições para que o
debate pré-eleitoral, seja livre e plural.