III Quadro
Comunitário de Apoio
Verbas
para o Alentejo são insuficientes
Recentemente
reunida, a Direcção Regional do Alentejo do PCP apreciou o
balanço de execução do segundo Quadro Comunitário de Apoio
(II QCA) e o processo de preparação do terceiro (III QCA).
Em relação ao II
QCA, a conclusão dos comunistas vai no sentido de considerar
que, no que se refere à região, o Governo fez um investimento
significativamente inferior aos 500 milhões de contos
inicialmente estabelecidos, tornando impossível, na prática,
atingir os objectivos definidos.
No Alentejo, este facto é particularmente grave, pois as metas
inicialmente definidas eram já muito insuficientes, como então
sublinharam muitas das entidades da região. Assim, para o PCP,
impõe-se uma nova forma de fazer política, que tenha a
participação do povo e das entidades representativas e que não
«manipule e partidarize tudo» como faz a actual direcção da
CCRA.
Quanto ao III QCA, apesar da forma como o processo foi conduzido
e dos atrasos na entrega do Plano de Desenvolvimento Regional
(PDR)e das Intervenções Operacionais, é preciso aproveitar os
meios financeiros que proporciona e contribuir para vencer o
desafio do desenvolvimento.
Para já, dado que estas propostas não foram objecto de
discussão nem divulgação, apenas se sabe - via Internet
que a repartição indicativa dos investimentos regionalizáveis
aponta para o Alentejo 9,8% (837 milhões) do total para o País,
montante muito aquém dos 15% reivindicados pelo PCP, autarquias
e parceiros económicos e sociais. O que, à partida, se afigura
muito insuficiente para a criação de condições que permitam
superar o défice de desenvolvimento da Região.
A poucos dias da entrada em vigor do novo QCA, continuam, porém,
por conhecer as intenções do Governo no que se refere ao
sistema de gestão e acompanhamento dos programas, que o PCP
defende seja da responsabilidade das autarquias e Associações
de Municípios, e à contratualização.
Enfim, um processo que mais uma vez coloca «a necessidade
urgente de democratização das estruturas desconcentradas do
Estado na Região e da transformação da CCRA em Instituto
Público Regional onde as autarquias tenham um papel
preponderante.