Continente reconhece ilegalidade
A loja
Continente em Guimarães reconheceu a ilegalidade dos contratos a
termo certo de quatro trabalhadores e aceitou a sua passagem a
efectivos, informou o sindicato do sector numa nota enviada à
comunicação social.
A intenção da
empresa de não renovar os contratos dos trabalhadores, ao fim de
cinco anos de serviço, levou a CESNorte (Sindicato do Comércio
e Serviços do Norte) a intervir junto do gerente da loja, numa
reunião realizada a 26 de Novembro. «Ficou claramente provado
que os contratos a termo na empresa, em regra, se destinam à
ocupação de postos de trabalho permanentes, não havendo
qualquer justificação para este tipo de contratos», tendo
ainda o gerente justificado a não passagem a efectivos desses
trabalhadores por estes não se enquadrarem no perfil dos
parâmetros da empresa.
A nota afirmava também que a intervenção do sindicato e o
reconhecimento da ilegalidade por parte da empresa, vêm realçar
a importância das organizações dos trabalhadores no combate ao
trabalho precário e à luta pelos seus direitos.
Makro
O CESNorte veio a
público apoiar a decisão da Makro de Braga de se solidarizar
com várias instituições do concelho, lembrando as palavras do
director do supermercado, segundo o qual «uma empresa não se
pode alhear das realidades sociais da zona onde se encontra».
No entanto, não deixa de lamentar que este princípio não seja
também extensivo aos trabalhadores da empresa, nomeadamente
àqueles que têm vínculos precários. E apresenta o caso de
dois funcionários recentemente despedidos de forma ilegal, por
suposta não renovação de contrato a termo, sendo, de facto,
efectivos.
«Também em relação a estes trabalhadores, que contribuíram
certamente para o crescimento e progresso da empresa, o director
da Makro devia pensar que existe Natal», afirma o sindicato.
Polisuper
O Sindicato dos
Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal
(CESP) exige que o Supermercado Polisuper cumpra o contrato
colectivo de trabalho e termine com os atropelos à legislação.
O CESP denuncia o caso de Fátima Martins, que, dias depois de
ter sido eleita delegada sindical na loja de Mem Martins, recebeu
ordens para ser transferida para São João do Estoril. Recusando
cumprir uma decisão ilegítima, foi impedida de prestar serviço
no seu local de trabalho.
«A Polisuper está a comportar-se como uma empresa "fora da
lei", não percebendo ou não querendo perceber que Portugal
é um Estado de direito e não uma "república das
bananas", onde os patrões, arrogantes e desrespeitadores da
lei, querem fazer o que muito bem lhes dá na "real
gana"», acusa o sindicato.
«A oposição à delegada sindical radica nas muitas
ilegalidades praticadas pela empresa, nomeadamente no que se
refere ao incumprimento da lei da maternidade e paternidade, ao
subsídio de alimentação inferior ao previsto no contrato
colectivo para os super e hipermercados, e classificações
profissionais incorrectas face à função e antiguidade, que
significam vencimentos inferiores aos que legalmente devem
receber», explica o CESP.