Barreiro
Privatização da Quimigal
aumentou o desemprego



A privatização e desmantelamento da Quimigal SA tem-se traduzido pelo aumento do desemprego e o empobrecimento de muitas famílias.
Assim, de acordo com o balanço feito pela Comissão Concelhia do Barreiro do PCP, desde a privatização da Quimigal, a pretexto de uma suposta reestruturação e modernização, já foram destruídos mais de 300 postos de trabalho.

Existem, ainda, em várias empresas graves problemas de despedimentos colectivos e rescisão de contratos («despedimentos encapotados»); polivalência de funções; incumprimento da contratação colectiva e aumento da repressão na Adubo de Portugal, Lusol, Plasquisa, Quimitécnica, CIN e outras.
Por outro lado, enquanto se despede e retira direitos aos trabalhadores, assiste-se à intensificação dos ritmos de trabalho, ao recurso a trabalho suplementar e à utilização de mão de obra temporária e sem direitos.
O resultado desta política está à vista: redução da capacidade e actividade no complexo da Quimiparque e encerramento de fábricas e sectores, como é o caso das instalações de produção, ensacamento e expedição de adubos compostos na ADP e na fábrica de margarinas da Lusol.
Para a concelhia do PCP, é, pois, necessário resistir a esta política do Governo PS com «fins ainda obscuros e inconfessáveis», que favorecer a restauração dos grandes grupos económicos, nomeadamente do grupo Mellos/Cuf. Pelo que os trabalhadores devem continuar a lutar em defesa dos seus postos de trabalho e direitos, a exemplo do que têm feito os trabalhadores da Adubos Portugal e da Plasquisa.


«Avante!» Nº 1363 - 13.Janeiro.2000