Enfermeiros
querem até Março
definição do risco profissional
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses quer ver
rentabilizados os recursos do Serviço Nacional de Saúde e
consagrados o risco, a penosidade e a insalubridade da profissão
de enfermagem. Enquanto aguarda uma contraproposta do Ministério
da Saúde em relação a esta última questão no contexto
do processo negocial já iniciado com a nova equipa da tutela
, o SEP afirma desde já esperar apenas até Março para
ver resolvida a situação.
Guadalupe Simões,
da direcção do SEP, adiantou à Agência Lusa que, se até
Março este assunto não estiver concluído, o sindicato
avançará para «outras formas de luta».
A par da melhoria das condições de trabalho dos enfermeiros, o
SEP defende ainda ser necessário avançar com um conjunto de
medidas prioritárias, que «coloquem o cidadão no centro do
sistema e, simultaneamente, diminuam um pouco os gastos
orçamentais». Entre estas, encontram-se a rentabilização dos
recursos humanos e técnicos do Serviço Nacional de Saúde, uma
possibilidade que é fundamentada por «estudos que demonstram
que, se fosse aproveitada toda a capacidade instalada, era
possível servir todos os utentes do SNS», frisou Guadalupe
Simões.
O reforço da posição dos centros de saúde como «porta de
entrada» no sistema, a criação da figura do enfermeiro de
família como modo de melhorar o acesso dos utentes aos
cuidados de saúde, o desenvolvimento dos medicamentos genéricos
e a dispensa dos medicamentos nas farmácias por dose útil são
outras propostas defendidas pelo sindicato e apresentadas
anteontem em conferência de imprensa. Prioritária, para o SEP,
é também a dispensa, aos doentes das urgências e consultas
externas através das farmácias hospitalares, dos medicamentos
cujo fornecimento desta forma sai mais barato ao Estado do que a
comparticipação no custo das farmácias privadas.