Carta aberta
aos trabalhadores da Amascultura



Em Carta Aberta ao encenador do Centro Dramático Intermunicipal Almeida Garret (CDIAG), actores e restantes trabalhadores da Amascultura, um Grupo de Jovens de Santo António dos Cavaleiros/Loures manifesta a sua solidariedade com todos os que têm vindo a denunciar a situação de crise que de há muito se arrasta nesta associação cultural, e que agora culminou com o despedimento de José Peixoto, seu director artístico e encenador.

Na Carta Aberta, o grupo de jovens lembra que «a cultura é hoje parte integrante de um conceito de desenvolvimento que se queira sustentável» e que a Amascultura (que congrega os municípios da Amadora, Loures, Sobral de Monte Agraço e Vila Franca de Xira) tem sido, nestes últimos dez anos, «uma materialização desse conceito, sendo um projecto pioneiro e inovador que conseguiu desenvolver uma actividade ímpar».
Por isso mesmo, os jovens têm vindo a assistir, com preocupação, «às notícias relativas às pressões que visam o desvirtuamento do projecto, tal como a apropriação da liberdade de expressão artística, o constante clima de intriga e de suspeição, a adopção da intimidação e as constantes ameaças de despedimento, a violação de correspondência privada, que, em última consequência, podem levar ao seu fim».
O director artístico da Amascultura, José Peixoto, foi despedido, com o voto de vereadores PS do Conselho de Administração da Amascultura, no passado dia 22 de Dezembro. Neste momento a companhia profissional de teatro instalada na Malaposta, Odivelas, sede da associação cultural, está sem director artístico.


«Avante!» Nº 1363 - 13.Janeiro.2000