PCP reclama na
rua mais justiça fiscal e menos impostos
Por
uma reforma fiscal a sério!
O PCP lançou, na terça-feira, a já anunciada campanha «por mais justiça fiscal nos impostos», a decorrer até ao próximo dia 28.
Em todo o País,
através de numerosas iniciativas, os comunistas trouxeram,
assim, para a rua uma reivindicação que traduz uma legítima
aspiração dos portugueses: o fim da «escandalosa injustiça
fiscal que existe no nosso país».
Na baixa lisboeta, entre os muitos militantes do Partido e
ajudando à distribuição dos materiais informativos e de
propaganda da campanha, encontrava-se o secretário-geral do PCP,
Carlos Carvalhas.
Dos materiais entregues pessoalmente a quem passava, destaca-se
um postal de recolha de assinaturas, através do qual os
portugueses podem dirigir-se ao primeiro-ministro, exigindo uma
«reforma fiscal a sério», que garanta mais justiça fiscal,
«menos impostos sobre quem trabalha, o fim de imorais
benefícios à especulação financeira e bolsista e um combate
mais eficaz à evasão fiscal das grandes fortunas».
No âmbito desta iniciativa do PCP que integra bancas de
rua e diversas acções de contacto com as pessoas, debates,
colóquios e mesas-redondas , inclui-se a produção de
tempos de antena para a TV e Rádio, que irão para o ar de hoje
a uma semana.
OE discrimina
Em conferência de
imprensa, realizada na segunda-feira em Lisboa, o deputado
António Filipe divulgou as propostas que o PCP quer ver
consagradas no Orçamento de Estado e vai apresentar para
inclusão no PIDDAC para o distrito.
Assim, entre as propostas que defende para a área da saúde,
António Filipe destaca o reforço de verbas para a construção
dos novos hospitais de Cascais, Loures, Vila Franca de Xira e
Sintra e a construção de novos hospitais de cuidados
continuados na Amadora e nas instalações do hospital de
Arroios.
A segurança e as acessibilidades são, para além de educação
e ensino e do ambiente, duas áreas que merecem igualmente a
especial atenção do PCP.
Quanto à segurança, algumas das propostas vão no sentido da
construção de mais esquadras da PSP nos concelhos da periferia
de Lisboa e, no que respeita às acessibilidades, das 32
propostas apresentadas destaca-se o alargamento do IC19, a
construção de variantes em diversas estradas nacionais e a
construção do nó de ligação da A1 ao Sobralinho.
António Filipe sublinhou, ainda o decréscimo de 7,5 milhões de
contos do investimento no distrito de Lisboa e acusou o Governo
de fazer um PIDDAC «já com as eleições autárquicas no
horizonte», pois, enquanto para os municípios socialistas há
um aumento de verbas destinadas ao investimento em áreas
sociais, em Loures, Oeiras e Sobral de Monte Agraço as verbas
sofreram um grande corte.