Greve amanhã na Administração Pública



A última reunião de negociações, em que o Governo arredondou em 0,2 por cento a proposta salarial e subiu 5 escudos no subsídio de refeição, veio reforçar os motivos da greve marcada para amanhã pela Frente Comum de Sindicatos. Num comunicado que divulgou logo depois da reunião de dia 9, a estrutura mais representativa dos trabalhadores dos diversos sectores da administração central, regional e local considera a proposta inaceitável. «O Governo, com tais valores, mais não pretende do que utilizar os trabalhadores da Administração Pública, degradando ainda mais o seu poder de compra, para que o patronato os utilize com referenciais para toda a contratação», denuncia a Frente Comum.
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local perspectivou uma grande adesão à greve, «cada vez mais oportuna e necessária». Reunida sexta-feira, a direcção do STAL analisou as centenas de plenários realizados por todo o País e onde foi «notório o profundo descontentamento dos trabalhadores».
Cinco sindicatos do Centro também se afirmaram convictos de que esta será «uma grande greve», refere a Lusa, citando declarações de Mário Nogueira, da Fenprof, numa conferência de imprensa dada anteontem em Coimbra e em que participaram também sindicalistas médicos, enfermeiros, da Administração Local e da Função Pública.


«Avante!» Nº 1368 - 17.Fevereiro.2000