Luxemburgo
discrimina
cidadãos comunitários
A Comissão Europeia deu razão à eurodeputada Ilda Figueiredo que acusou o Luxemburgo de discriminar cidadãos de outros estados-membros na obtenção do rendimento mínimo garantido. Numa pergunta escrita, a deputada refere que apesar da nova lei de 29 de Abril de 1999, o Grão-Ducado não anulou a exigência de um período mínimo de residência de cinco anos no país para a obtenção daquele direito.
Ilda Figueiredo
considera que esta disposição coloca os cidadãos
luxemburgueses em situação de vantagem sobre os de outros
estados membros, facto que viola as normas comunitárias
relativas à livre circulação de trabalhadores e mesmo o
Tratado CE que define o direito à igualdade de tratamento.
Em resposta a comissária Anna Diamantopoulou reconhece que as
referidas disposições são incompatíveis com a legislação
comunitária, posição que de resto já se está expresaa num
parecer da Comissão emitido em Dezembro do ano passado.
Estrangeiros
sem acesso
Numa outra pergunta,
Ilda Figueiredo afirma que aquele país continua a limita o
acesso à função pública a imigrantes provenientes de estados
membros, matéria que, recorda, motivou um processo por
infracção contra o Luxemburgo em Março de 1999.
Contudo, informa a mesma comissária, o processo foi arquivado
após a adopção pelo país de uma lei que declara inaplicável
a condição de nacionalidade a cidadãos comunitários
candidatos a empregos nos sectores da investigação, ensino,
saúde, transportes terrestres, correios e telecomunicações,
bem como distribuição de água, gás e electricidade.
Quanto aos empregos na administração central e local, a
Comissão considera que «compete as autoridades nacionais»
apreciar cada caso específico «em função das tarefas e das
responsabilidades correspondentes a cada emprego específico».
Notando que está actualmente a estudar a situação nos
estados-membros no que se referes à função pública fora dos
referidos sectores, a Comissão remete para os cidadãos a
possibilidade de fazerem «valer o seu direito à livre
circulação junto das autoridades nacionais.