Greve em Sintra
já tem resultado



A presidente da Câmara Municipal de Sintra aceitou reunir-se segunda-feira à tarde com os representantes dos trabalhadores do departamento de Resíduos Sólidos, que entraram em greve no dia 3, contra a privatização da recolha do lixo.

A greve, marcada por sete dias, começou com uma adesão de cem por cento, segundo o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local. «Nenhum dos turnos saiu das oficinas», garantiu Fernanda Campo à Lusa, lembrando que a concessão do serviço a privados nas freguesias de Algueirão-Mem Martins e Rio de Mouro, à semelhança do que já acontecia em Queluz e no Cacém, pode pôr em causa os postos de trabalho. Segundo o STAL, o objectivo da autarquia é a privatização total. Na madrugada de domingo para segunda-feira, a acção dos trabalhadores impediu uma empresa privada de fazer a recolha de lixo. «Depois de marcada a reunião com os trabalhadores, a presidente deu ordens aos funcionários daquela empresa para suspenderem os trabalhos», revelou ainda a dirigente sindical, notando que esta condição foi exigida pelos trabalhadores para aceitarem reunir com Edite Estrela. Mas a greve só termina se a câmara aceitar as alternativas que os trabalhadores vão propor à concessão do serviço a privados.


«Avante!» Nº 1371 - 9.Março.2000