Ataque ao 13.º mês
O pagamento do 13.º mês deveria ficar sujeito à assiduidade, propuseram os patrões do sector da cordoaria e redes, nas negociações da contratação colectiva.
Segundo a
Fesete/CGTP, os representantes patronais querem que, em caso de baixa
médica, os trabalhadores apenas recebam a parte que é paga pela
Segurança Social, ficando nos cofres das empresas 40 por cento
do 13.º mês.
A proposta patronal, que o Sindetex/UGT se preparava para
aceitar, previa ainda a criação de dois níveis nos grupos mais
baixos da tabela salarial. Assim, poderiam as chefias escolher,
sem mecanismos de controlo, quem receberia salário superior, de
entre os trabalhadores com funções polivalentes. Para a Fesete,
trata-se de «um presente envenenado, que pode criar
discriminações salariais».
Também com salários extremamente baixos, dezenas de milhar de
trabalhadores dos têxteis ainda não tiveram aumentos,
nem sequer um actualização para cobrir a inflação. A
insistência das associações patronais em valores abaixo do que
foi a subida do salário mínimo nacional levou a Fesete a
promover uma jornada nacional de informação, mobilização e
luta, no âmbito da qual se deslocou a Santo Tirso o
secretário-geral da CGTP, para participar em plenários de
empresa.