UE
cria órgão
militar interino
Os representantes militares dos Estados-membros da
União Europeia (UE) reuniram-se anteontem, terça-feira, em
Bruxelas para constituírem o órgão militar interino
comunitário, tendo como base um documento da presidência
portuguesa.
Este novo órgão
comunitário é uma das entidades previstas no âmbito do
processo de política de segurança e defesa comum, decidido em
Dezembro passado na cimeira de Helsínquia, e tem como missão
assessorar o Comité Político e de Segurança (CPS), igualmente
criado este mês.
Deve ainda emitir recomendações para o futuro e dar pareceres
sobre a implementação de estruturas militares permanentes que
culminará com a criação de criar uma identidade europeia de
defesa e segurança, capaz de intervir nos casos em que a NATO
não queira ou não possa intervir. Neste tipo de situações
cabem as chamadas missões de Petersberg (missões de natureza
humanitária) e de gestão de crises.
Até 2003 deverá ser formada uma força de intervenção,
formada por cerca de 60 mil homens, capaz de intervir rapidamente
e de estar no terreno durante um ano. Neste âmbito e visando a
articulação de meios com a NATO, decorreu recentemente um
exercício conjunto entre a Aliança Atlântica e a União da
Europa Ocidental (UEO), denominado Crisex 2000. Neste exercício,
que terminou a 23 de Fevereiro último, foram testados os
mecanismos de aconselhamento político-militar dos líderes da
UE, bem como a transferência de forças e meios da NATO para a
UEO.